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A saúde está entrando no metaverso. O que vem por aí?

Aplicações da nova realidade virtual na medicina ainda estão em fase inicial, mas são bem promissoras

Por Chloé Pinheiro
4 jul 2022, 12h13

A Fisweek, maior fórum digital de lideranças na saúde, trouxe como um dos debates mais importantes deste ano as oportunidades que o metaverso apresenta à medicina. Esse termo, tão em alta, significa uma realidade virtual imersiva, acessada por meio de óculos especiais.

É algo parecido com o Second Life, jogo que surgiu no início dos anos 2000 no qual era possível criar um avatar e viver uma vida paralela. À época, a ideia acabou não vingando e o visual não ajudava, mas agora a história é outra.

Já tem gente chamando o metaverso até de “internet 3D”. “Estamos falando de investimentos incomparáveis e de todo um ecossistema de inovação. E as tecnologias melhoraram de forma exponencial, tanto na capacidade de processamento quanto com o avanço da inteligência artificial e do blockchain, coisas das quais não falávamos há 20 anos”, apontou Alexandre Putini, cientista da computação e executivo que palestrou no evento.

+ Leia também: Healthtechs revolucionam atendimento com o uso da inteligência artificial

No Brasil, já tem profissional usando o metaverso para discutir casos de pacientes e planejar cirurgias personalizadas. “Estamos criando modelos de órgãos e imagens cada vez mais realistas”, diz o ginecologista Heron Werner, responsável pelo Laboratório Biodesign, inaugurado em 2021 no Rio de Janeiro.

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Iniciativa made in Brazil

Resultado de uma parceria entre a Dasa e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Biodesign é um dos símbolos da entrada brasileira no metaverso médico.

Lá, especialistas criam versões virtuais de partes do corpo em alta definição, que podem ser usadas para apresentar um caso complicado a um colega distante. Também projetam órgãos no mundo real com a realidade aumentada, acima da pele do paciente, para ver o interior do corpo em detalhes.

Bem-vindo ao futuro!

Se estima que 30% da população mundial terá uma experiência no metaverso até 2026. Eis as fronteiras que poderão ser abertas para a área da saúde neste novo mundo:

Cirurgias: O planejamento já é feito em alguns locais com o apoio da realidade virtual. Em teoria, pode acelerar a recuperação e reduzir o risco de complicações.

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Consultas virtuais: A ideia é que, em vez da videoconferência tradicional por telemedicina, o médico visite o paciente em casa (e vice-versa) por meio de seu avatar.

Reuniões imersivas: Especialistas de diversas partes do mundo e disciplinas podem discutir juntos a melhor abordagem tendo como base um modelo virtual do próprio paciente.

Faculdades: O treino para cirurgias e o estudo da anatomia e da fisiologia humana (e de outros animais) têm a ganhar com o metaverso aplicado na educação universitária.

Simulações: Saber como agir em catástrofes ficará mais fácil com a construção de cenários hipotéticos. É um jeito de dar uma amostra do que acontece — e simular respostas.

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+ Leia também: A saúde na era do metaverso

Gamificação: Atividades físicas podem tornar-se mais divertidas, com experiências imersivas inspiradas nos games e monitoramento de dados de performance.

Humanização: Imagine uma criança fazendo quimioterapia, mas, em vez de olhar para uma sala de hospital, ela está rodeada de um ambiente agradável e lúdico.

Glossário High Tech

Você provavelmente vai ouvir falar bastante destes termos…

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Avatar: É uma figura criada à imagem e semelhança do usuário. Ou, se preferir, uma versão virtual de um humano real.

Óculos VR: Para entrar no metaverso, é preciso usar o acessório. Joysticks e outros gadgets completam o kit, que pode custar milhares de reais.

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Inteligência artificial: Sistemas que simulam a inteligência humana ajudam a customizar experiências e a gerar novos mundos.

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Blockchain: Como confiar quando tudo é inventado? Essa tecnologia, que identifica objetos virtuais, funciona como um grande “cartório” virtual.

Fontes: Rômulo Varella de Oliveira, radiologista, coordenador da Radiologia do CDPI/Hospital São Lucas Copacabana (RJ); Guilherme Hummel, especialista em medicina digital e coordenador científico da Hospitalar 

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