O contato de adolescentes com bebidas alcoólicas acontece muito cedo no Brasil. De acordo com uma pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (UECE), que ouviu 528 alunos de escolas públicas de Fortaleza, 37% começam a beber antes dos 15 anos.
Além disso, na faixa dos 13 aos 19 anos, sete em cada dez estudantes consomem álcool ao menos uma vez por mês. Fora a questão da prevalência, os pesquisadores também identificaram fatores que predispõem ou protegem os adolescentes da ingestão precoce.
Alcoolismo na família, dificuldade de lidar com frustrações e bullying na escola costumam estar associados ao problema. “Suporte social e maior supervisão ajudam a evitar o consumo nocivo”, orienta a psicóloga Dayse Alves, psicóloga e professora da UECE.
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Onde mora o perigo
Em casa
Conviver com pais que abusam do álcool é um fator de risco. O comportamento dos responsáveis é modelo para os mais novos.
A proximidade, por outro lado, ajuda a estabelecer limites e identificar problemas.
No colégio
Bullying, que afeta até 40% dos estudantes, contribui para o hábito. O tabagismo no ambiente escolar também soma pontos.
Por isso, malefícios do álcool à saúde devem ser abordados em aulas.
Comportamento
Baixa resiliência duplica risco de consumo nocivo. Jovens extrovertidos também são mais predispostos a beber.
Aqueles sem religião reportam maior ingestão de álcool.
Sinais de alerta
Atenção a mudanças comportamentais e problemas escolares.
Isolamento e agressividade são pistas de algo errado. Troca de amigos e interesses deve ser monitorada pelos pais.
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