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Câncer e HPV: o que essas doenças têm a ver com a saúde oral

Especialista revela como a higiene bucal e a vacina contra esse vírus podem ajudar a evitar tumores

Por Dr. Celso Augusto Lemos Jr., odontologista*
Atualizado em 8 dez 2020, 14h55 - Publicado em 24 ago 2018, 18h11

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados para 2018 quase 15 mil novos casos de câncer de boca, sendo que mais da metade são diagnosticados em estágios avançados. É uma quantidade alarmante, que demonstra a importância de a população estar atenta aos sinais e sintomas que favorecem o diagnóstico desse tipo de tumor.

Existem alterações que podem ser detectadas na mucosa da boca, e essas devem ser avaliadas pelo cirurgião-dentista. São elas: manchas brancas e vermelhas, úlceras e aumentos de volume que não desaparecem em até duas semanas.

O diagnóstico precoce favorece o início rápido do tratamento. Pacientes com lesões iniciais são curados em quase 100% dos casos. O principal perfil que deve ser investigado é o homem acima de 50 anos que bebe e fuma.

Só tem um porém: o câncer de boca em geral não causa sintomas no começo. Daí porque também é importante tentar preveni-lo, combatendo o HPV, por exemplo.

HPV, uma das causas do câncer de boca

Não dá para negar que o excesso de bebidas alcoólicas e o tabagismo são grandes contribuintes dessa doença – cerca de 80% dos pacientes bebem em excesso e fumam há bastante tempo. Nos últimos anos, entretanto, um novo fator de risco foi descoberto: o HPV (sigla em inglês para Papiloma Vírus Humano).

Esse vírus possui um papel importante no aparecimento do câncer na região de orofaringe, mas está presente apenas em um pequeno número de casos de tumores malignos na boca. Garganta, amígdalas e o terço mais posterior da língua são locais mais afetados por esse agente infeccioso. Cerca de 70% dos pacientes com cânceres nessas regiões carregam o vírus.

O HPV invade células da pele e das mucosas do ser humano. O principal meio de transmissão é pela via sexual, apesar de ser possível um espalhamento por contato direto não sexual.

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A família de vírus do HPV compreende mais de 200 tipos diferentes. Somente nove são caracterizados como de alto risco para câncer. Um deles, o HPV16, é fortemente associado ao de orofaringe.

Outros tantos estão relacionados ao crescimento de verrugas, que não têm nada a ver com o câncer de boca. A maioria dos tipos de HPV não causa danos ao organismo e somente são detectados por exames bastante sensíveis.

Agora, como os vírus que causam verrugas e papilomas não são os mesmos que estão relacionados com o câncer de orofaringe, não há como detectar uma lesão viral com potencial de causar essa doença grave. Reforço: os vírus que podem desencadear tumores malignos não provocam lesões clinicamente visíveis.

O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que 80% das pessoas serão infectadas pelo HPV em algum momento de suas vidas e que 99% delas estarão livres do vírus em função do próprio sistema imune sem nenhuma consequência à saúde. O problema reside no 1% que resta.

Como enfrentar o vírus

Não existe tratamento. O que temos hoje em dia é a vacinação de meninas e meninos antes do início da vida sexual. Para os adultos, a recomendação é fazer sexo com proteção.

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Portanto, o vírus deve ser combatido com informação. Precisamos conscientizar a população sobre a necessidade de vacinar as crianças na idade adequada. E tentar prevenir a transmissão sexual.

A prevenção e a higiene bucal

De novo, as principais medidas para evitar o câncer de boca incluem parar de fumar e evitar o consumo de álcool. Mas vários estudos recentes têm relacionado a falta de higiene bucal com um maior risco de câncer de boca.

O cirurgião-dentista é o profissional capacitado para avaliar e orientar as medidas de higiene. Elas incluem a técnica adequada de escovação, o uso correto do fio dental, a utilização das pastas de dente fluoretadas e do enxaguatório bucal…

Esse profissional de saúde possui um papel primordial ao examinar todas as mucosas orais nas consultas de rotina. Havendo necessidade, ele poderá encaminhar o paciente para um estomatologista, que é o cirurgião-dentista especializado em diagnóstico de lesões de boca.

*Dr. Celso Augusto Lemos Jr., membro da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo

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