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Informação, vacina, exame: a tríade contra o câncer de colo do útero

Médica chama a atenção para um problema de saúde pública que pode ser erradicado com vacinação e check-ups periódicos

Por Larissa Gomes, oncologista*
21 mar 2023, 09h09

Uma doença assombra as brasileiras, o câncer de colo de útero. A projeção para o triênio 2023-2025 é que ele atingirá mais de 17 mil mulheres no país.

O dado vem do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que ainda aponta que esse é o terceiro tipo de tumor que mais afeta o público feminino. São cerca de 13 em cada 100 mil casos da doença.

Talvez você não saiba, mas o papilomavírus humano (o HPV) é o principal responsável pelo problema, ocorrendo em aproximadamente 99% dos casos.

A infecção pelo HPV é autolimitada e apenas 10% das pacientes terão alterações capazes de evoluir para o câncer de colo do útero. Mas, ao mesmo tempo, esse é um agente infeccioso altamente disseminado e prevalente. Em números globais, seu estrago é enorme para a saúde pública.

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Daí a vacinação ser um recurso de extrema importância na prevenção do tumor. Hoje, ela está disponível de forma gratuita pelo SUS a meninas e meninos na faixa de 9 a 14 anos. E pessoas de outras idades conseguem se vacinar na rede particular.

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Mais recentemente, a vacinação também se estendeu às pessoas que moram ou convivem com imunossuprimidos pelo vírus HIV, transplantados ou portadores de outros tipos de câncer até os 45 anos.

É estimado que oito em cada dez mulheres tenham contato com o HPV em algum momento da vida por meio de relações sexuais (cabe lembrar que o preservativo não inibe completamente a transmissão). Embora a imunização não proteja contra os 150 tipos do vírus, ela é capaz de barrar os tipos 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero.

Além da vacinação, o papanicolau é um exame essencial ao diagnóstico precoce. Ele permite identificar antecipadamente lesões pré-cancerosas, geralmente descobertas com maior frequência que a doença em si.

O exame é recomendado dos 25 aos 64 anos de idade, anualmente e, depois, a cada três anos, mesmo que a mulher já seja vacinada contra o HPV.

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Apesar de a maioria dos episódios de câncer de colo do útero ocorrer entre 35 e 44 anos, o problema pode acontecer em qualquer idade. E, na fase inicial, a doença costuma ser assintomática. Às vezes pacientes relatam dor na relação sexual ou sangramento vaginal não relacionado à menstruação.

Nos casos avançados, porém, há anemia, perda de peso não justificada, problemas urinários e intestinais, dor nas pernas, fraqueza… Nenhum sintoma deve ser ignorado. E, quanto antes descobrirmos a doença, maiores as chances de sucesso no tratamento.

No entanto, podemos nos antecipar, fazendo check-ups periódicos e vacinando a população contra o HPV. Cuidado com as fake news sobre câncer e vacina. Lembre-se de que a informação confiável é um recurso fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce.

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* Larissa Gomes é oncologista da Oncoclínicas, em São Paulo

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