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Incontinência urinária: tratamento médico faz toda a diferença

Especialista aponta as principais causas do problema em homens e mulheres e quais são as principais linhas de tratamento hoje

Por Cristiano Mendes Gomes, urologista*
15 out 2020, 18h16

Você certamente já ouviu falar sobre incontinência urinária, ou seja, a perda involuntária de urina que pode acometer homens e mulheres de todas as idades e apresentar variadas causas. O problema tem cura na maioria dos casos e, em situações mais complexas, contamos com tratamentos eficazes, seguros e que mantêm (ou devolvem) a qualidade de vida.

A incontinência urinária pode ter sérias repercussões no dia a dia. Estudos apontam que pessoas com a condição enfrentam maiores níveis de ansiedade e depressão, sofrem com redução da produtividade no trabalho, encaram isolamento e reclusão ou afastamento de seus parceiros. Além da perda involuntária de urina em si, outro fator que pode levar a constrangimentos é o uso de fraldas e absorventes, que não raro causa desconforto, irritações na pele e gastos financeiros extras.

Mas, afinal, o que está por trás da incontinência urinária? Alguns fatores de risco são comuns a homens e mulheres, como o avançar da idade, diabetes, obesidade, doenças neurológicas e fatores hereditários. Entre as mulheres, que são as mais atingidas, podem contribuir questões como ter tido muitos filhos, queda de hormônios na menopausa e antecedente de cirurgias ginecológicas. Entre os homens, histórico de cirurgia de próstata para tratamento de um câncer é o principal fator envolvido. Mas devemos lembrar que, ocasionalmente, o problema tem a ver com infecções, pedras na bexiga e tumores.

Para averiguar a prevalência do problema no Brasil, um estudo epidemiológico recente investigou mais de 5 mil pessoas com idade acima de 40 anos, residentes em cinco grandes capitais, e revelou que 45% das mulheres e 15% dos homens apresentam incontinência urinária (mesma taxa encontrada em outros países).

Estima-se que, acima dos 70 anos, o risco de apresentar a condição seja de quatro a cinco vezes maior do que entre os 20 e 40 anos. Entretanto, a incontinência urinária não deve ser encarada como algo comum em nenhuma faixa etária, podendo ser tratada adequadamente na grande maioria dos casos com grandes chances de sucesso.

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Com os avanços da medicina e da tecnologia, há uma série de tratamentos à disposição. O importante é que as pessoas deixem a vergonha de lado e procurem ajuda profissional — no caso, o urologista. O tratamento inclui mudanças comportamentais e de estilo de vida, como evitar o excesso de líquidos, realizar micções periódicas e controlar a obstipação e outros problemas clínicos, como diabetes e obesidade. Também pode envolver sessões de fisioterapia para o assoalho pélvico e a bexiga e o uso de diferentes medicamentos.

Em casos mais complexos ou que não têm boa resposta ao tratamento prévio, há a possibilidade de se optar por procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos. É o caso do implante de um marcapasso na bexiga, que, por meio de estimulação elétrica do nervo sacral, ajuda a normalizar a comunicação entre a bexiga e o cérebro, reduzindo os episódios de incontinência e proporcionando bem-estar e autonomia aos pacientes.

* Cristiano Mendes Gomes é professor livre-docente de urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e chefe do Departamento de Disfunções Miccionais da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

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