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A medicina está entrando na era do 5G

Internet mais potente poderá viabilizar novas experiências de monitoramento e tratamento médico, mas há desafios no horizonte

Por Felipe Mendes, neurocirurgião*
4 set 2022, 08h49

A pandemia de Covid-19 criou uma tempestade perfeita, levando a mudanças no sistema de saúde pressionado pelo aumento vertiginoso de pacientes, pela escassez de mão de obra especializada, pelo burnout de profissionais e a elevação de custos em diversos setores.

Tudo isso forçou a busca de soluções para entregar acesso e qualidade na assistência médica mediante despesas controladas. Uma das apostas está na transformação digital, que impulsiona a chamada Medicina 4Ps: preditiva, preventiva, personalizada e participativa. Com ela, espera-se que mais pacientes usufruam de um modelo de saúde integral, com orientação individualizada e disponibilidade vasta de especialistas.

Para tal, os “hospitais sem paredes”, que misturam cuidados hospitalares com propostas alternativas baseadas em cuidados comunitários e domésticos, precisam de ferramentas digitais aptas a monitorar nosso bem-estar, fornecendo em tempo real informações sobre o nosso estado de saúde e facilitando nossa rotina de exames e consultas.

Hoje, já temos à disposição um recurso de inteligência artificial que, por meio de um aplicativo, notifica pela manhã quando o paciente tomou seu último comprimido e envia a receita dos medicamentos que precisam ser adquiridos para a farmácia mais próxima.

Outro exemplo de transformação é o AppliedVR, sistema de realidade virtual para controle de dor que consegue criar uma experiência imersiva para ajudar as pessoas a superarem períodos de desconforto, valendo-se de princípios de gamificação e técnicas de mindfulness. Ou o Teva ProAir Digihaler, um sensor que grava e envia informações a fim de otimizar tratamentos médicos e melhorar a adesão a eles.

+ LEIA TAMBÉM: Como a inteligência artificial está mexendo com a medicina

A inteligência artificial e o Big Data podem, ainda, turbinar o desenvolvimento de novos medicamentos ou alvos para terapia, reduzindo o tempo médio de pesquisas e descobertas, graças à sua agilidade e enorme capacidade de processar dados e propor soluções em cima deles.

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E, na era da medicina preventiva tecnológica, já podemos imaginar sistemas que, ao captar questões climáticas como tempo muito seco, enviarão notificações para o celular de pessoas com asma, alertando inclusive para que elas chequem se não precisam renovar seu kit de broncodilatadores.

Revolucionário, não é mesmo? Mas, para que todas essas inovações sejam realmente incorporadas ao dia a dia, é crucial a construção de parcerias entre prestadores de serviço em saúde e grandes empresas de tecnologia, startups e investidores. E é essencial ter uma internet à altura.

Aí entra o 5G, tecnologia de alta velocidade e baixa latência que começa a dar seus passos no Brasil. Ela fará com que todas as evoluções citadas caminhem para uma realidade mais palpável e acessível. E, quanto mais acesso à saúde, menor o número de cidadãos doentes e maior a qualidade e a expectativa de vida.

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No nosso país, não há dúvida que temos alguns obstáculos à frente. Muitos locais ainda não possuem nem 3G de qualidade, mesmo dentro de grandes cidades.

Vários produtos médicos digitais que estão sendo desenvolvidos têm um custo alto e dependem de uma internet mais potente. Se não pensarmos nessas questões, não veremos esses avanços atingindo todas as camadas da sociedade.

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Temos que lidar também com uma mudança de mentalidade. Muitos prestadores e operadores de saúde ainda criam dificuldades para fornecer intervenções ou dispositivos mais modernos, ao mesmo tempo que alguns pacientes relutam em se beneficiar dos frutos da tecnologia e do conhecimento baseado em evidências, como vimos com a vacina da Covid-19.

O futuro é promissor, mas temos um longo e desafiador caminho a ser percorrido.

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* Felipe Mendes é neurocirurgião com aperfeiçoamento em procedimentos minimamente invasivos, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e integrante do corpo médico da Rede Mater Dei (MG), com MBA em gestão em saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein

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