A rixa entre cães e gatos faz parte do imaginário, mas se engana quem acha que eles não podem conviver pacificamente.
Está cada vez mais comum encontrar por aí o que já se chama de “famílias multiespécies”, em que humanos, felinos, cachorros e até outros bichos vivem debaixo do mesmo teto. Só que isso exige adaptações.
“A maior falha dos tutores é pegar o cão e o gato e colocá-los logo juntos, imaginando que vão virar amigos imediatamente, porque não é o que acontece. É preciso levar em conta como os animais se socializam e ter paciência”, diz a zootecnista e adestradora Bárbara do Rosário, de Curitiba.
Ela salienta que é crucial cada um ter seu espaço individual, sem misturar alimentação e local de dejetos, por exemplo. No início, pode ser preciso o uso de portões para separar os ambientes, mas, com interações monitoradas, sempre associadas a benefícios (como brinquedos ou petiscos), os bichos vão se acostumando um com o outro.
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O passo a passo da boa vizinhança
A socialização é um processo único, que depende de cada animal, mas há instruções gerais
1) Cada um na sua
Não adianta forçar amizade de início. É bom ter playground no alto para o gato, um local para o cachorro se deitar, a individualidade dos dois é importante e essencial.
2) Cara a cara
Nos primeiros encontros, os bichos podem ficar acuados ou agressivos. É preciso observar as reações com calma, e ver se é possível aumentar o número de interações – ou se é melhor esperar.
3) Mesmo espaço
Na hora de colocar os animais juntos, é essencial monitorar o encontro e associar isso a brincadeiras e recompensas para os dois.
4) Haja paciência
O cão pode exagerar nos primeiros contatos e até comer fezes do gato. É importante entender as situações adversas que surgirem e conseguir driblar com boas estratégias.
5) Tem briga?
Se ela ocorrer, separe os animais em espaços diferentes e tenha cautela para juntá-los de novo. Não force a barra, pode ser um trauma, e tem que ser trabalhado com calma.