É praticamente impossível pensar uma vida contemporânea sem a utilização de algum tipo de conexão via internet, representada principalmente pelo uso contínuo dos smartphones.
Através deles direcionamos nossas rotas, trocamos mensagens com pessoas em qualquer lugar do planeta, fazemos pesquisas e acessamos com muito mais facilidade serviços como o banco, o plano de saúde ou aquele tradutor que nos tira do aperto, sem falar da câmera, sempre pronta para registrar os momentos relevantes de nossas vidas.
Por outro lado, também sabemos que o uso abusivo dos aparelhos celulares pode estar associado a um aumento de casos de depressão, ansiedade, e outros problemas mentais.
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Isso é inegável e um problema a ser debatido em sociedade. Só que estudos também mostram que usar o celular por até duas horas no dia pode diminuir sintomas depressivos, estresse e pensamentos suicidas, porque um smartphone pode ser um aliado no combate ao sentimento de isolamento e solidão.
Ou seja, estar conectado pode ser benéfico, desde que com parcimônia e moderação.
Como fazer um uso saudável do seu smartphone
Fora do âmbito profissional, pois algumas profissões exigem mais tempo no celular, tente sempre limitar o “mergulho” a duas horas por dia, usadas com objetivos definidos, como mandar mensagens, procurar uma matéria ou se entreter nas redes sociais. Use despertador ou timer se tiver dificuldade em manter esse limite.
Evite usar o aparelho antes de dormir, já que a luz da tela e os próprios conteúdos, mesmo que “leves”, acabam estimulando o cérebro, adiando o relaxamento e o sono.
Se houver a necessidade de permanecer o dia todo conectado (trabalho, por exemplo), o ideal é sempre intercalar o uso com atividades fora da tela.
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Atualmente, parece cada vez mais difícil encontrar algo para fazer além da internet, mas é importante que cada um pense e desenvolva atividades offline que lhe agradem. Se pergunte sempre: “O que posso fazer para espairecer, relaxar, socializar ou mesmo descansar a vista, sem usar o celular, o tablet ou o computador?”. Acredite, sempre há opções interessantes.
Resumo da ópera: usar a tela como um instrumento para atividades profissionais ou trocas sociais pode sim, ser muito benéfico e construtivo. O problema é quando ela entra na vida como um preenchedor de vazio. Nesse caso, o efeito nunca será positivo (como ocorre com qualquer outra coisa consumida para esta mesma finalidade).
Vale lembrar, a diferença entre o veneno e o remédio é a dosagem. Nem tudo é vilão ou mocinho. E o mesmo vale para esse aparelho que provavelmente você está usando neste exato momento.
*Marina Dammous é psicóloga, e este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health