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Vape pode elevar nicotina no sangue até 6 vezes mais que cigarro comum

Estudo inédito no país mapeou hábitos e consequências à saúde do uso de cigarros eletrônicos, usados livremente no Brasil apesar da proibição

Por Maurício Brum
26 nov 2024, 14h46
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Uso de cigarro eletrônico traz prejuízos para a saúde (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
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Um estudo inédito divulgado no último dia 25 revelou dados alarmantes sobre a presença de nicotina no organismo de pessoas que fazem uso de cigarros eletrônicos, os vapes: níveis até seis vezes maiores do que em fumantes de cigarro tradicional.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas de São Paulo, em parceria com a Vigilância Sanitária do Estado. Os maiores níveis de nicotina circulante estão associados a um risco elevado de dependência química.

+Leia também: Vapear é fumar, não se deixe enganar

Achados do estudo

A pesquisa buscou avaliar diferentes aspectos sociais e sanitários envolvendo usuários de vapes, com questionários e exames laboratoriais. Ao todo, foram ouvidos 417 usuários de cigarro eletrônico, que posteriormente tiverama seus níveis de nicotina dosados em amostras de saliva.

Em média, quem fazia uso do cigarro eletrônico há apenas um ano teve índices similares de nicotina no sangue aos de fumantes de longa data — pessoas habituadas a consumir até 20 cigarros por dia nos últimos 25 anos. Em algumas situações, a comparação foi até pior para os usuários de vapes, chegando a teores seis vezes mais elevados da substância.

O estudo demonstrou que 60% dos usuários de vape já tentaram parar de utilizar o dispositivo, mas não conseguiram interromper o vício. A maior presença de nicotina e a propensão à dependência, mesmo com pouco tempo de uso, estariam associadas à forma como os dispositivos eletrônicos fazem a entrega de nicotina ao usuário, de forma muito mais eficiente do que em um cigarro normal.

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+Leia também: Nicotina: o poderoso artifício por trás do vício em tabaco

Apesar do fácil acesso, vape segue proibido no Brasil

Os resultados da nova pesquisa brasileira se somam ao conhecimento já acumulado por iniciativas semelhantes em outros países do mundo. Embora ainda pouco estudados por aqui, os impactos do cigarro eletrônico já são bem conhecidos — e vêm embasando a proibição desses dispositivos no Brasil.

Em abril deste ano, a Anvisa manteve o banimento ao comércio de dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs) no país, um posicionamento que está em vigor desde 2009. No entanto, a falta de fiscalização concreta sobre o assunto fez com que o uso disparasse entre os brasileiros a despeito da proibição, começando a gerar impactos que agora passam a ser percebidos na saúde pública.

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