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Vacina da gripe: o que muda em 2017

O imunizante contra a infecção não era modificado desde 2010. Entenda as principais alterações e como elas afetam você

Por André Biernath
Atualizado em 14 fev 2020, 18h27 - Publicado em 11 abr 2017, 16h03

Após o início repentino e o crescimento no número de casos de gripe em 2016, o Ministério da Saúde resolveu antecipar a campanha nacional de vacinação contra a doença neste ano. A imunização começou ontem (10) para profissionais de saúde e estará disponível ao restante da população a partir da semana que vem, no dia 17 (segunda-feira). Para saber mais sobre o assunto e as principais mudanças que ocorrem em 2017, entrevistamos a médica Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Confira:

Por que a campanha de vacinação deste ano foi antecipada?

Isso se deve a uma lição que aprendemos em 2016, quando o vírus começou a circular muito antes do que se esperava. O problema é que não conseguimos prever isso. O ideal é antecipar a campanha o quanto antes. Até porque o período entre tomar a vacina e estar protegido contra a infecção é de duas semanas. Então, se eu tomar a vacina quando o influenza já estiver circulando, vou estar exposto a ele. Quanto antes iniciarmos, mais a população estará protegida.

A vacina da gripe de 2017 é diferente daquela que foi aplicada nos anos anteriores?

Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde define qual deve ser a composição da vacina no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul. Eles fazem essa recomendação com base nas cepas de influenza que circularam nos anos anteriores. Em 2017, tivemos uma pequena modificação no H1N1 que está dentro da vacina desde 2010.

E quem deve tomar a vacina contra a gripe?

As gestantes, as mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias, crianças de 6 meses a 5 anos, indivíduos com mais de 60 anos e aqueles que possuem alguma doença crônica, ou seja, todas as pessoas que tomam algum remédio todo dia para tratar diabete, asma, obesidade, colesterol alto

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Além deles, foram incluídos novos públicos-alvo na campanha de 2017?

Sim. A grande novidade deste ano é que professores da rede pública e privada, trabalhadores do sistema prisional, prisioneiros e adolescentes que estão sob medidas socioeducativas também devem tomar a vacina para se proteger da gripe.

E quem não pode tomar?

A vacina é extremamente segura. A única contraindicação formal é para quem tem alergia ao ovo. Mas essa é uma condição bastante rara.

Quem tomou a vacina no ano passado precisa repetir a dose agora?

Sim, pois a ação da vacina contra a gripe não é prolongada, diferentemente do que acontece com outros imunizantes. A proteção leva duas semanas para funcionar e dura cerca de 9 meses. Quem tomou ano passado precisa tomar novamente, uma vez que não tem mais anticorpos suficientes para combater o influenza. O segundo motivo é que a vacina é diferente e resguarda contra outras cepas do vírus.

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A vacina dá alguma reação?

É importante deixar claro que o imunizante não causa gripe. É um vírus morto que está lá dentro, então é impossível ele provocar a doença. As reações que podem ocorrer são desconforto no local da aplicação, dor de cabeça e mal-estar nos primeiros dias. Mas essas chateações são raras.

Quem tem sintomas de gripe pode tomar a vacina?

A pessoa que está com febre, dor no corpo e não consegue nem levantar da cama para trabalhar deve aguardar alguns dias. Mas caso esteja apenas espirrando e com coriza, como ocorre durante um resfriado simples, não há nenhuma contraindicação.

Qual a importância de se imunizar contra a gripe?

Novos estudos mostram que o vírus influenza está relacionado a uma série de complicações, como pneumonia e doenças cardíacas. Portanto, ao tomar a vacina, você não apenas se protege da gripe, mas evita quadros mais graves relacionados com hospitalização e morte. Um segundo ponto é a importância social. Uma vez que me protejo, diminuo a circulação do agente infeccioso e evito que ele seja transmitido para as pessoas ao meu redor.

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