De acordo com a plataforma de gestão de saúde DRG, que avaliou mais de 2,5 milhões de internações em 2019, 23% dos leitos ocupados, 37% dos custos e 47% dos eventos adversos em hospitais brasileiros estão vinculados à população acima de 60 anos.
Por essas e outras, garantir que esses centros tenham uma atenção geriátrica se mostra cada vez mais crucial à recuperação dos idosos. “O cuidado do idoso não é igual ao do adulto. Os hospitais precisam atender a demandas específicas deles”, diz o geriatra Clovis Cechinel, diretor do Hospital do Idoso Zilda Arns, em Curitiba.
Segundo ele, isso envolve prevenir quedas, evitar lesões de pele em acamados, saber lidar com quadros de confusão mental e dispor de uma assistência multiprofissional. Estados como São Paulo atribuem um selo a hospitais que cumprem requisitos como esses.
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O que é preciso ter para receber o selo amigo do idoso
No estado de São Paulo, são exigidas algumas medidas iniciais. Resumimos:
Compromisso
Logo de cara, é preciso implantar um Comitê Gestor Local do Projeto para planejar as mudanças.
Inclusão
É essencial zelar pela acessibilidade, com foco específico nas necessidades da terceira idade.
Assistência
A partir dos diagnósticos feitos no hospital, deve-se avaliar as principais demandas dos idosos
Educação
Pauta-se pela instrução das equipes a respeito das particularidades do envelhecimento.
Planos
Busca-se catalogar ações já feitas pela instituição e colocar no horizonte as novas iniciativas.
Humanização
A ideia é identificar e incluir as necessidades dos idosos nas ações de humanização.