Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Profilaxia em leptospirose: medicamento contra contágio em enchentes

Diante do cenário recente do Rio Grande do Sul, infectologistas emitem nota técnica recomendando medida preventiva extraordinária contra a doença

Por Yasmmin Ferreira e Maurício Brum
6 Maio 2024, 17h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Diante das recentes enchentes no Rio Grande do Sul e da consequente elevação do risco de transmissão de leptospirose, é crucial compreender e adotar medidas profiláticas – utilizadas na prevenção de enfermidades – adequadas. Em uma nota técnica conjunta de 6 de maio, as Sociedades Brasileira e Gaúcha de Infectologia, bem como a Secretaria Estadual de Saúde do RS, divulgaram indicações de quimioprofilaxia contra a doença.

    Entende-se por quimioprofilaxia o uso preventivo de medicamentos antes de uma infecção ou para tentar impedir que um indivíduo já infectado desenvolva a doença.

    A leptospirose, uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, é frequentemente adquirida através do contato com água ou solo contaminados pela urina de animais infectados, geralmente ratos.

    +Leia também: Cheias no RS: o que saber da leptospirose e outras doenças de enchente

    Quimioprofilaxia em leptospirose

    Os infectologistas apontam que a utilização rotineira de antimicrobianos profiláticos não é recomendada. No entanto, em situações de alto risco, como aquelas vivenciadas durante e após as enchentes, a quimioprofilaxia pode ser considerada para certos grupos.

    Segundo a nota técnica divulgada nesta semana, isso inclui equipes de resgate e pessoas com exposição prolongada a águas contaminadas, como quem ficou ilhado.

    Vale lembrar que a leptospirose nem sempre se desenvolve imediatamente após o contato com a água contaminada, com a infecção podendo se manifestar em alguns casos depois de semanas da infecção original.

    Continua após a publicidade

    Para a realização da quimioprofilaxia, a doxiciclina é indicada como a opção principal, com doses específicas para adultos e crianças.

    Para pessoas em pós-exposição de alto risco, a dose recomendada é de 200 mg administrados por via oral como dose única. Para adultos que estão em situações de exposição contínua, como resgatistas ou socorristas, a dose é de 200 mg por via oral uma vez por semana durante todo o período de exposição.

    E para crianças em pós-exposição de alto risco, a dose é de 4 mg por kg de peso corporal, administrada por via oral como dose única, com uma dose máxima de 200 mg.

    Alternativamente, a azitromicina também pode ser utilizada. Pessoas em alto risco pós-exposição devem receber uma dose única de 500 mg por via oral.

    Continua após a publicidade

    Para adultos em exposição contínua, a dose é de 500 mg por via oral uma vez por semana.

    Já para crianças em alto risco pós-exposição, a dose única é de 10 mg por kg de peso corporal por via oral, com uma dose máxima de 500 mg.

    Equipamentos de proteção individual (EPIs) seguem necessários

    É fundamental lembrar que, mesmo com o uso da quimioprofilaxia, não há garantias de que a infecção seja evitada. Portanto, quando possível, é essencial adotar outras medidas preventivas, como o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) ao entrar em contato com águas contaminadas.

    Primeiramente, os EPIs protegem contra patógenos presentes na água, como bactérias, vírus e parasitas, reduzindo o risco de infecção. Além disso, ajudam a prevenir lesões na pele causadas por substâncias químicas irritantes ou objetos pontiagudos.

    Continua após a publicidade

    +Leia também: Enchentes aumentam risco de doenças; quais os sintomas e cuidados

    Outro ponto importante é que os EPIs contribuem para a redução do risco de contaminação cruzada, evitando que os patógenos se espalhem para outras áreas ou pessoas. Isso é especialmente relevante em ambientes de trabalho ou comunitários.

    O uso adequado de EPIs ainda promove a segurança ocupacional em situações de desastre. Em operações de resgate, limpeza e reconstrução, as condições podem ser perigosas, e os EPIs ajudam a garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos nessas atividades.

    Ao retornar às residências após eventos de enchentes, o risco de infecção permanece elevado, exigindo o uso contínuo de EPIs quando possível e a adoção de medidas de higiene rigorosas.

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.