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Os campeões do Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica

Confira os trabalhos vencedores dessa iniciativa que valoriza pesquisas e campanhas brasileiras em prol da saúde

Por Da Redação
Atualizado em 9 set 2020, 14h23 - Publicado em 6 dez 2018, 12h13

Inovar é fazer estudos e criar tecnologias, mas também encontrar novas e melhores vias para educar, conscientizar e proporcionar acesso à informação e à saúde. Foi com essa reflexão em mente que os grupos Abril e Dasa se uniram para criar o Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica.

Uma iniciativa que, com a curadoria de SAÚDE e a participação de um respeitado júri técnico, busca descobrir, reconhecer e valorizar profissionais e instituições que estão fazendo a diferença nas ciências médicas e nas boas práticas de saúde no país.

Depois de um trabalho de rastreio de centenas de projetos e a avaliação criteriosa de 29 jurados em cinco categorias — Inovação em Medicina Social, Inovação em Medicina Diagnóstica, Inovação em Genética, Inovação em Tratamento e Inovação em Prevenção —, chegamos a 15 exemplos sensacionais de como a inovação rende ou renderá frutos à nossa população.

Os vencedores foram definidos de acordo com esse parecer dos jurados. Entretanto, o público também teve direito a voto! Embora o peso da votação popular seja menor, ele ajudou a decidir o ganhador em situações de empate técnico.

Confira abaixo os vencedores da categoria. E, para saber mais sobre o prêmio, os jurados e todos os finalistas, clique aqui.

Categoria Inovação em Medicina Social

Vencedor: Visitas que mudam vidas

Viver em ambiente de pobreza e insegurança prejudica o desenvolvimento cognitivo na primeira infância, período que vai do nascimento aos 6 anos de idade. Mas é possível mudar a trajetória de vida dessas crianças com programas como o Primeiros Laços, liderado por uma equipe do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).

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Para comprovar a eficácia de um plano de visitação domiciliar a mães adolescentes que vivem em condições socioeconômicas adversas, os pesquisadores recrutaram 80 gestantes, divididas em dois grupos. Num deles, elas passaram pelos cuidados convencionais do pré-natal. No outro, receberam regularmente, em casa, a visita de enfermeiras treinadas.

Nos encontros, que se iniciaram na gestação e prosseguiram até dois anos após o parto, as profissionais de saúde transmitiam informações com foco em reduzir o estresse materno e a exposição dos filhos a maus-tratos. As análises feitas ao longo do processo mostraram efeitos positivos nos cuidados das crianças, que repercutiram no desenvolvimento da linguagem e da coordenação motora.

Uma iniciativa com potencial para ser replicada e influenciar o futuro das próximas gerações de crianças brasileiras.

Autores: Eurípedes Constantino Miguel Filho, Guilherme Vanoni Polanczyk, Anna Maria Chiesa, Alícia Matijasevich Manitto, Helena Paula Brentani, Alexandre Archanjo Ferraro, Lislaine Aparecida Fracolli, Daniel Graça Fatori de Sá, Fernanda Speggiorin Pereira Alarcão, Verônica Luiza Vale Euclydes, Leticia Aparecida da Silva e Adriana Cristina Argeu

Instituição: Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq/USP)

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Categoria Inovação em Medicina Diagnóstica

Vencedor: O exame que dá voz às psicoses

O sentimento de medo, estranheza e insegurança, como se a pessoa vivesse constantemente numa realidade ameaçadora, pode levar a sintomas como delírios e alucinações. Mas como ir além da observação subjetiva para caracterizar psicoses se não existem marcadores biológicos desses transtornos?

Diante desse desafio, cientistas do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um método computadorizado para mostrar a relação entre o uso de palavras e as desordens de pensamento – representadas, por exemplo, pela fuga de ideias e dificuldade de manter a objetividade no relato.

Numa analogia, assim como um exame de sangue revela ao médico se uma infeção é bacteriana ou viral, a nova ferramenta, barata, rápida e precisa, serve de guia para o psiquiatra diferenciar o diagnóstico entre esquizofrenia e transtorno bipolar, por exemplo.

Sem contar que a análise permite acompanhar a evolução do paciente, saber se o tratamento está sendo eficiente e ajudar na tomada de decisões em situações de emergência.

Autores: Natália Bezerra Mota, Sidarta Tollendal Gomes Ribeiro e Mauro Copelli Lopes da Silva

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Instituição: Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Categoria Inovação em Genética

Vencedor: Um perfil superdetalhado da leucemia infantil

A leucemia linfoblástica aguda, o tipo de câncer mais comum em crianças, representa cerca de 25% do total dos tumores infantis. Motivada pela amplitude e alcance da doença, uma equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi buscar nas mutações de DNA a resposta para a multiplicação desordenada de células responsável pela doença.

Para isso, os cientistas se debruçaram numa revisão que identificou, entre as mais de 500 falhas genéticas catalogadas em bancos de dados, as cinco mais associadas ao risco de desenvolver a leucemia em seus diferente graus de agressividade. Na sequência, o estudo prosseguiu na avaliação dessas falhas em 350 crianças com a doença.

Os resultados dos testes celulares e moleculares auxiliam no diagnóstico precoce da doença, na descoberta de fatores que explicam a resistência à quimioterapia e até na previsão de eventuais recaídas. Norteiam, assim, táticas mais assertivas para elevar o sucesso do tratamento e ampliar a expectativa e a qualidade de vida dos pequenos pacientes.

Autores: Claudia de Alencar Santos Lage, Elaine Sobral da Costa, Marcia Gonçalves Ribeiro, Ana Sheila Cypriano Pinto Campos, Roberto Irineu da Silva, Nathalia Dumas de Paula, Gustavo Loureiro da Silva, Gilda Alves, Maria Helena Ornellas, Constança Britto e Maria Cecilia Menks Ribeiro

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Instituições: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Colégio Pedro II, Hospital Pedro Ernesto (UERJ) e Fiocruz

Categoria Inovação em Tratamento

Vencedor: Células-tronco domam o diabetes

O diabetes tipo 1 é a versão autoimune da doença: nela, o sistema imunológico ataca o pâncreas, acabando com a produção de insulina, o hormônio que permite às células aproveitar a glicose circulante. Sem cura, seu manejo costuma depender da reposição da insulina ao lado de ajustes no estilo de vida.

Pois um tratamento pioneiro, concebido no Brasil, propõe um jeito diferente de lidar com o problema. O transplante de células-tronco exige, antes de tudo, que o paciente passe por uma quimioterapia para dar um reset em sua imunidade. Aí, as próprias células-tronco do indivíduo são reinseridas no corpo para recompor o sistema imune, que agora deixa de atacar (pelo menos na mesma intensidade) o pâncreas.

Resultado: pacientes podem ficar livres das injeções de insulina e se protegem contra as complicações do diabetes. O método, idealizado e já difundido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), agora colhe novos frutos.

Ao comparar a evolução dos pacientes submetidos às células-tronco com aqueles que fazem o esquema convencional, viu-se que os primeiros permaneciam melhores em termos de qualidade de vida. Mais: nenhum deles desenvolveu sequelas do diabetes.

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Autores: Carlos Eduardo Barra Couri, Maria Carolina de Oliveira, Belinda Pinto Simões, Daniela Aparecida de Moraes, Juliana Bernardes Elias Dias, Ana Beatriz Pereira Lima Stracieri, Andréia Ferreira Zombrilli, Julio Cesar Voltarelli (in memorian)

Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP)

Categoria Inovação em Prevenção

Vencedor: Cardiômetro, um alerta público sobre o coração

Quase mil brasileiros morrem a cada dia devido a doenças cardiovasculares – é como se sete ou mais aviões comerciais caíssem todos os dias sem deixar sobreviventes. O dado está no vídeo de apresentação do Cardiômetro, projeto da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

A ferramenta, baseada em um site, registra o número de mortes causadas por problemas no coração – uma a cada 40 segundos – e alerta que muitas dessas vidas poderiam ser salvas se a população tivesse mais informação sobre os fatores de risco dessas doenças. O objetivo é incentivar e esclarecer medidas como a verificação regular da pressão arterial e do nível de colesterol e glicose.

E propor desde a adesão ao tratamento dessas condições até mudanças no estilo de vida. No portal do Cardiômetro, estão disponíveis inclusive calculadoras com as quais cada um pode mensurar seu risco cardíaco. As informações apresentadas ali servem ainda como fonte de pesquisa para especialistas e ajudam o governo a estruturar investimentos em saúde.

Autores: Gláucia Maria Moraes Oliveira, Marcus Vinícius Bolívar Malachias, Eduardo Nagib Gaui, Raul Dias dos Santos Filho, Denilson Campos de Albuquerque, Renault Mattos Ribeiro Júnior, Osni Moreira Filho, Celso Amodeo, Leandro Ioshpe Zimerman, Walter José Gomes, João David de Sousa Neto, José Luis Aziz, Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza, Oscar Pereira Dutra, José Roberto Luchetti e Valdinei Belchior

Instituição: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

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