Existem várias opções de métodos contraceptivos para evitar uma gravidez indesejada.
Todos os disponíveis no mercado funcionam de duas maneiras principais: como uma barreira física para os espermatozoides ou, então, utilizando hormônios para alterar o processo de ovulação. Conveniência, periodicidade, efeitos colaterais — todos têm vantagens e desvantagens, além de uma eficácia muito alta.
Como a maioria dos anticoncepcionais é focado no público feminino, a recomendação é sempre ouvir um médico ginecologista para escolher o que é melhor para o seu caso, de acordo com as características do seu corpo e as suas necessidades. Conheça, abaixo, alguns dos métodos mais utilizados no Brasil.
Pílula anticoncepcional
Hoje disponível em diferentes formulações e com períodos de uso variados, a pílula inibe o processo de ovulação. Em função de possíveis contraindicações (como em pessoas com histórico de hipertensão arterial), é sempre necessário contar com avaliação individualizada de um ginecologista para determinar a melhor pílula para o seu caso.
Mais do que o uso como método contraceptivo, ela também pode ser procurada por quem deseja interromper a menstruação.
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Anticoncepcional injetável
Procurado por sua efetividade, esse método ganhou popularidade por não precisar ser usado diariamente, como a pílula — embora atualmente também haja pílulas que não precisam ser usadas todos os dias.
Nas injeções, aplicadas nos glúteos, estão doses de hormônios que podem fazer efeito por um mês ou até um trimestre, conforme indicação médica.
Contraceptivo em adesivo
Aplicados sobre a pele, esses adesivos têm hormônios que são absorvidos e entram na circulação sanguínea. Eles são aplicados em ciclos de três semanas, com outra de intervalo, com indicações, benefícios e efeitos colaterais semelhantes aos de outros anticoncepcionais.
Há contraindicação específica para pessoas com sobrepeso e obesidade, em função de uma maior dificuldade de absorção através do tecido adiposo.
Implante hormonal
Eles têm princípios ativos semelhantes aos dos contraceptivos orais, mas são aplicados por meio de um pequeno implante na região do braço, onde permanecem atuando por até três anos. Nesse método, a mulher também não menstrua.
A implementação é feita no próprio consultório médico, com uma anestesia local.
DIUs
Os dispositivos intrauterinos, como o nome indica, são colocados no útero por um profissional de saúde. Os DIUs podem ser hormonais ou não hormonais (como o DIU de cobre), conforme o caso, e têm longa duração.
No entanto, é preciso avaliação médica criteriosa antes de definir pela utilização, havendo contraindicação em casos de problemas como doença inflamatória pélvica (DIP) ou outras alterações em exames ginecológicos.
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Preservativos
Os preservativos constituem barreiras físicas para o esperma, evitando a fecundação. Ao contrário de outros métodos anticoncepcionais, eles também têm a vantagem de proteger contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) — especialmente no caso do preservativo masculino, a camisinha.
Existem também preservativos femininos, que devem ser inseridos na vagina antes da relação sexual (e também defendem contra ISTs), mas a dificuldade de colocação pode prejudicar a eficácia.
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Nenhum método é infalível!
É importante lembrar que, quando o assunto é sexo, nenhum método contraceptivo é totalmente infalível. A ciência evoluiu muito e a eficácia da maioria dos métodos mais populares supera os 99%, mas o 100% não existe.
Se evitar uma gravidez é prioridade no seu caso, o indicado é combinar mais de um método para reduzir as chances de uma gestação indesejada. E não esqueça: se você transa com parceiros diferentes ou cujo histórico de parceiros sexuais você não conhece, também é preciso atenção aos riscos de ISTs.
Neste caso, o melhor método continua sendo a camisinha. Mesmo em casos de alergia ao látex, já há opções com outros materiais no mercado.