A atriz Christina Applegate revelou recentemente, em seu podcast, que sofre com dores extremas e crônicas, associadas à esclerose múltipla. Hoje com 52 anos, a protagonista de Dead to Me (“Disque Amiga para Matar”), da Netflix, disse que fica “deitada na cama gritando” por conta dos sintomas.
Applegate destacou a frustração com a dificuldade para executar movimentos cotidianos simples, como segurar um objeto, outro problema recorrente em pacientes com esse quadro.
A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica cuja causa exata permanece desconhecida. Ela afeta o sistema nervoso central, gerando sintomas neurológicos que podem variar muito de um paciente para outro. Algum tipo de dor, porém, é algo comum: estima-se que pelo menos dois terços das pessoas com EM convivam com dores diversas.
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Como é a dor na esclerose múltipla?
A intensidade, duração e localização da dor podem variar muito conforme o caso.
Alguns dos tipos mais comuns incluem cefaleia, dor nas costas e nos membros superiores e inferiores. Espasmos dolorosos também são típicos de pacientes com EM, embora não ocorram em todos os casos.
Além dessas dores mais recorrentes, alguns pacientes podem experienciar o chamado sinal de Lhermitte, uma sensação de choques na coluna, que pode irradiar para as pernas e braços.
Em casos mais raros, pessoas com esclerose múltipla também sofrem com a neuralgia do trigêmeo, já descrita como a “pior dor do mundo”.
Outros sintomas da EM
Embora esteja entre as manifestações mais agoniantes da esclerose múltipla, a dor não é o único sintoma. A própria Christina Applegate definiu que seu desespero também vinha da sensação de impotência causada por momentos incapacitantes ligados à EM.
Outros sintomas incluem:
- Fraqueza ou enrijecimento muscular, o que pode dificultar para segurar objetos, por exemplo;
- Problemas de equilíbrio;
- Dormência e perda de sensação nas extremidades;
- Dificuldade de enxergar;
- Fadiga;
- Alterações de humor e cognitivas.
Como tratar as dores da esclerose múltipla
O tratamento da esclerose múltipla costuma exigir uma abordagem multidisciplinar, com diferentes técnicas, indicadas conforme os sintomas que mais afetam a vida da pessoa.
Para a dor, podem ser empregados medicamentos, fisioterapia e terapia ocupacional. Em algumas situações em que as dores estão associadas aos espasmos musculares e os remédios não são suficientes, técnicas como a estimulação cerebral profunda podem ajudar.
Cada caso deve ser avaliado individualmente pela equipe médica, determinando o melhor curso de tratamento para as necessidades daquele paciente.