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Estudo colaborativo avalia a Covid-19 em pessoas com síndrome de Down

Com resultados preliminares, pesquisa já descobriu que desfecho de risco fatal é maior a partir dos 40 anos entre esses pacientes

Por Cristiane Bomfim, da Agência Einstein
Atualizado em 31 jul 2020, 18h54 - Publicado em 31 jul 2020, 10h41

Febre, tosse e dificuldade para respirar e sintomas nasais são as manifestações mais comuns da Covid-19 em pessoas com síndrome de Down. Além disso, para quem tem essa condição genética, as chances de o contágio pelo novo coronavírus se agravar é maior a partir dos 40 anos de idade, enquanto na população geral os riscos são maiores após os 60 anos. É o que mostram os resultados preliminares de um estudo colaborativo internacional para identificar como a Covid-19 se manifesta em quem tem Down.

Realizado pela T21 Research Society (T21 RS) com apoio de organizações internacionais, pesquisadores de países como Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Brasil e França estão coletando informações para entender os riscos e a evolução da Covid-19 em pessoas com Down e, assim, responder às seguintes questões: elas são mais vulneráveis? A gravidade do quadro está relacionada às condições de saúde pré-existentes? Até o fim de maio foram respondidos 329 formulários. As informações estão sendo captadas por meio de questionários preenchidos por médicos ou familiares próximos de pessoas com essa condição genética.

Os primeiros resultados do estudo, que continua acontecendo, mostram que os sintomas nasais, como congestão nasal e coriza, são mais comuns entre quem tem Down. E a falta de ar está normalmente associada à internação. Ou seja, é um sintoma que precipita a admissão no hospital. Mas, o principal achado até agora é que, embora a proporção de mortes nesse público seja semelhante ao da população em geral, o risco de desfecho fatal entre pacientes com Down é maior a partir dos 40 anos.

“O organismo de quem tem Down envelhece mais precocemente. A partir da quarta ou quinta década de vida essas pessoas já podem apresentar declínio cognitivo ou outras condições de saúde associadas, e muitos podem evoluir para a demência e doenças como o Alzheimer. Assim, esse estudo sugere que, a partir dos 40 anos, a população com Down já é a de maior risco para a Covid-19”, explica Ana Claudia Brandão, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, pesquisadora em Síndrome de Down e uma das responsáveis pelo estudo no Brasil.

Para participar

A pesquisa deve durar dois anos e contempla pessoas com síndrome de Down de qualquer sexo ou idade que tiveram sintomas da Covid-19 ou testaram positivo para a doença. Para ajudar no estudo, o médico ou familiar dessa pessoa precisa preencher questionário da pesquisa que será enviado após solicitação pelo e-mail covid19@federacaodown.org.br

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Mensagens importantes

* As formas de transmissão do novo coronavírus e contágio são iguais para todas as pessoas: por meio da dispersão de gotículas de secreção das vias aéreas de um indivíduo contaminado por meio da tosse, espirro e até fala. Além disso, estudos têm mostrado que o vírus contamina o ambiente e pode sobreviver em superfícies (como mesas, botões de elevador, utensílios domésticos e de escritório) por períodos prolongados.

* O estudo da T21 Research Society pretende descobrir se pessoas com Down são mais vulneráveis e se podem ficar em estado mais grave. Mas, no geral, a manifestação clínica habitual da Covid-19 em pacientes com ou sem Down é a mesma. Ou seja: febre e sintomas do trato respiratório superior (coriza, dor de cabeça, congestão nasal e dor de garganta). O que pode mudar é como as pessoas com Down percebem e expressam os sintomas. Por isso, é essencial ficar atento aos sintomas e às alterações comportamentais que podem indicar que algo não está bem.

Esse texto é da Agência Einstein

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