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Quem tem arritmia vive mais se faz exercício físico

Manter o corpo ativo resguarda inclusive pessoas com fibrilação atrial, um dos tipos mais comuns desse problema cardíaco

Por Goretti Tenorio
Atualizado em 26 jan 2021, 15h55 - Publicado em 18 jan 2021, 18h40

Quando o coração trabalha num ritmo irregular, não é raro aparecerem palpitações e dificuldades para respirar. E é aí que também surge o temor de que qualquer atividade física possa piorar a situação. Mas um estudo norueguês, feito com pessoas acima de 70 anos e diagnóstico de fibrilação atrial, aponta benefícios em incluir os exercícios na rotina de quem tem a condição.

Os pesquisadores acompanharam 117 voluntários por quase nove anos, anotando dados sobre frequência, intensidade e duração dos treinos. No fim do período, ao analisar os desfechos, concluíram que a atividade física tem potencial para reduzir o aparecimento de problemas cardiovasculares, assim como a mortalidade.

“O trabalho constata que pessoas com fibrilação atrial que fazem exercícios vivem mais do que aquelas com o mesmo problema mas são inativas”, resume o cardiologista José Carlos Pachón, responsável pelo Serviço de Arritmia do HCor, em São Paulo. “Porém, antes de iniciar qualquer treinamento, é importante buscar avaliação e tratamento médico. Só quem tem a arritmia controlada pode se exercitar”, ressalta.

Práticas inadequadas são capazes de provocar o deslocamento de coágulos, mais frequentes devido à doença, e elevar o risco de AVC.

O que pessoas com fibrilação atrial devem fazer ao se exercitar

Andar por aí: atividades aeróbicas de baixa intensidade, como caminhadas e pedaladas, feitas de forma regular, ajudam no controle da arritmia.

Fortalecer músculos: exercícios com faixas de resistência e pesos podem ser indicados, com ajustes individuais de volume e intensidade — em geral, menos carga e mais repetições.

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Desacelerar: nos minutos finais do treino, convém diminuir o ritmo. Assim o coração retorna gradativamente à situação de repouso.

E o que não podem fazer

Pular avaliação: não comece nenhuma atividade sem antes passar por um médico, que deve pedir exames como eletrocardiograma e teste ergométrico.

Arriscar-se: se estiver em tratamento com anticoagulante, é preciso abdicar de esportes de impacto ou com riscos de queda e sangramentos, como lutas e escaladas.

Extrapolar limites: não continue a prática se sentir desconfortos como papitação, tontura e suor excessivo — sinais de que a frequência cardíaca está desestabilizada.

Coração fora do compasso

A fibrilação atrial acontece quando os átrios, as câmaras superiores do coração, se contraem de forma dessincronizada. Segundo o cardiologista José Carlos Pachón, um ritmo regular fica entre 60 e 70 batidas por minuto. Com a fibrilação atrial, alcança de 90 a 140, e o indivíduo pode perceber que a frequência acelera e desacelera constantemente.

13% da população com 80 anos ou mais apresenta esse tipo de arritmia cardíaca.

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5 milhões é o número estimado de brasileiros acima de 65 anos que sofrem de fibrilação atrial.

20% dos casos de AVC são desencadeados pela condição, que leva à formação de coágulos no coração.

25% das pessoas acima de 40 anos estão sujeitas a ela. A incidência dobra a cada década vivida.

10% dos atendimentos de emergência em cardiologia são decorrentes de fibrilação atrial.

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