Tratamento de ponta contra um câncer juvenil
Relembre a história de um trabalho vencedor do Prêmio SAÚDE que mudou a vida de crianças e adolescentes com um tipo de câncer bastante agressivo

Se enfrentar um câncer já é difícil, imagina quando ele aparece nas primeiras décadas de vida. É o caso do osteossarcoma, que acomete os ossos e que pode surgir a partir dos dez anos, embora seja mais comum por volta dos 15.
Essa doença provoca dor e inchaço — apesar disso, o diagnóstico muitas vezes demora para ser feito, o que dificulta seu tratamento. Na década de 1980, a melhor chance dos pacientes era a amputação. Mesmo assim, só 20% sobreviviam.
Para reverter esse triste quadro, o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC), de São Paulo, formou, com a ajuda de quatro instituições de ponta, um grupo de especialistas que se debruçou sobre o problema. E o esforço deles obteve excelentes resultados.
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Hoje, sete em cada dez adolescentes com osteossarcoma não precisam mais arrancar o membro afetado e o índice de sobrevida saltou para 50%. Esse número, aliás, pode alcançar os 60% se forem considerados somente casos sem metástase — quando o tumor se espalha para outras partes do corpo.