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O retrato de quem precisa de UTI pediátrica na pandemia de Covid-19

Estudo avalia as características de crianças e adolescentes com casos graves do coronavírus

Por Thaís Manarini
Atualizado em 22 out 2020, 14h05 - Publicado em 22 out 2020, 12h13
coronavírus em crianças
Crianças com comorbidades têm maior risco de hospitalização devido à Covid-19. (Foto: Chuyn/Getty Images)
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Especialistas do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) decidiram traçar o perfil da molecada com maior risco de complicações ao contrair a Covid-19. Para isso, avaliaram 79 crianças e adolescentes admitidos em UTIs de 19 hospitais em cinco capitais brasileiras por causa da infecção. “Desse total, 41% tinham outras doenças prévias”, conta o pediatra Arnaldo Prata, líder da investigação.

Distúrbios neurológicos, problemas respiratórios (como a asma) e câncer foram as mais prevalentes entre os internados. Para ter ideia, essas situações aumentaram em 5,5 vezes a probabilidade de hospitalização.

Prata menciona ainda que, após a infecção, uma pequena parte dos pacientes (13%) desenvolveu uma doença inflamatória multissistêmica, capaz de provocar insuficiência cardíaca. “A família de crianças com comorbidades precisa ficar mais atenta e buscar atendimento ao notar sintomas de Covid-19”, aconselha o pesquisador.

Sinais que exigem atenção

Na presença deles, é bom levar a criança ao médico:

Febre sem explicação

Se ela incomodar o pequeno por alguns dias e não houver causa específica por trás, faz sentido investigar com o profissional.

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Repercussões gastrointestinais

Dor na barriga, diarreia e vômito podem ser sintomas de Covid-19 em sua manifestação mais sistêmica.

Respiração acelerada

Na forma clássica de Covid-19, os sintomas respiratórios predominam. Mas avalie sobretudo a dificuldade de inspiração e expiração.

Nada de pânico

“É importante ressaltar que o número de crianças que necessitam de internação ainda é muito pequeno ao compararmos com os adultos”, pondera Arnaldo Prata. Estima-se que o público infantil adoeça 15 vezes menos. “E, em 95% dos casos, os sintomas são tão leves que a família nem percebe que foi Covid-19”, afirma o médico.

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