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Adolescentes obesos mastigam diferente

Estudo brasileiro associa o excesso de gordura corporal a uma mastigação inadequada - o que poderia inclusive contribuir para o ganho de peso

Por Thiago Nepomuceno
5 dez 2016, 18h56

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) teve o objetivo de avaliar a forma como os adolescentes acima do peso mastigam a comida. Para isso, os cientistas recrutaram 230 voluntários com idade entre 14 e 17, sendo 115 meninos e meninas com peso normal e o restante com sobrepeso ou obesidade. Todos estavam livres de cáries ou outras condições que afetassem a saúde bucal.

Para conseguir identificar alguma diferença entre os grupos, foram feitas gravações em vídeo dos adolescentes enquanto eles mastigavam. A partir da análise de uma fonoaudióloga, descobriu-se que a turma com quilinhos a mais tinha maior dificuldade para triturar os alimentos, além de alteração na musculatura da mandíbula.

Nas meninas acima do peso, foi observada uma tendência a mastigar de um lado só. Isso pode levar, entre outros problemas, a alterações estruturais de um dos lados do arco dentário, e também a perdas nutricionais. Já os meninos fora de forma mastigam mais rápido do que o normal. Uma pena: quando demoramos mais tempo com o alimento na boca, o cérebro libera hormônios responsáveis pela saciedade, o que pode reduzir a ingestão de comida.

Adolescentes com sobrepeso ou obesidade apresentaram ainda hábitos que podem prejudicar a digestão, como adicionar muito molho à comida ou beber líquidos junto com o alimento. Ambas as atitudes fazem com que se mastigue menos e que a comida seja engolida antes do tempo. Diante disso, o desconforto estomacal é um sintoma corriqueiro.

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Os experts não sabem se todas essas alterações estão relacionadas às causas da obesidade ou aos seus efeitos. Ou seja, será que a obesidade de alguma forma altera o padrão de mastigação ou é essa forma de morder a comida que contribui para o acúmulo de gordura corporal? Mesmo sem a resposta para essa questão, os cientistas reforçam a importância de observar a maneira como o jovem mastiga para, se for o caso, sugerir uma ou outra correção – nem que seja só comer com mais calma.

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