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O Fim das Dietas

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Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como "O Fim das Dietas", ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas
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Usar adoçantes para ingerir menos calorias é seguro?

De acordo com a ciência, não há, até o momento, motivo algum para achar que os edulcorantes são perigosos

Por Antonio Lancha Jr.
Atualizado em 17 jul 2019, 12h04 - Publicado em 29 Maio 2019, 12h36
adoçantes
Diversos estudos atestam a segurança dos adoçantes  (Foto: Dulla/SAÚDE é Vital)
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Na última semana, durante um seminário da graduação em Nutrição da Universidade de São Paulo (USP), um dos alunos perguntou: “Professor, os adoçantes são perigosos como dizem?” Começamos, então, essa conversa.

Você pode não adoçar seu café e suco por diversos motivos: por preferir outro paladar, por uma questão de filosofia ou por uma crença. Mas desconfie de quem te disser que adoçantes causam câncer.

Parte desse “conceito” foi baseado em alguns estudos experimentais realizados com animais de laboratório e doses cavalares de adulcorantes. A partir daí, inúmeros mitos surgiram sobre esses produtos.

Mas o uso dos adoçantes é seguro. E esse é um dado visto e revisto por diversas associações cientificas e também por órgãos governamentais. Ah, já sei: vão dizer que todos eles são “comprados” pela indústria. Então vamos às evidências científicas.

Não há estudo em seres humanos que comprove que o consumo de adoçantes cause câncer. Nada, nadica. E a quantidade segura para a ingestão entre as pessoas é calculada assim: a dose máxima com a qual não foram observados efeitos adversos durante as pesquisas é dividida por 100.

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No ano passado, o Consenso Ibero-Americano publicou um artigo sobre adoçantes de baixa calorias ou sem calorias (LNCS). Quero destacar duas conclusões desse documento.

A primeira diz que os adoçantes são uns dos constituintes dietéticos mais extensivamente avaliados e que sua segurança foi revisada e confirmada por órgãos reguladores do mundo todo, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos e a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar.

Mas a parte da conclusão que mais chama a atenção ressalta que a educação continuada dos profissionais de saúde é necessária, uma vez que esses indivíduos são uma fonte chave de informações sobre questões relacionadas à alimentação e saúde – tanto para a população em geral como para os pacientes.

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Afinal, vivemos momentos de extremismos e caça às bruxas, em que um alimento ou produto é constantemente classificado como mocinho ou bandido. Só que a solução para boa parte dos problemas reside na combinação de alimentação balanceada, prática regular de atividade física, controle de estresse e, claro, bom senso.

Obervação: isso não é uma apologia ao uso dos adoçantes, mas sim uma apologia ao uso da ciência. Declaro não ter qualquer conflito de interesse.

Este texto contou com a colaboração da nutricionista Luciana Lancha

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