Outubro Rosa: Revista em casa por 9,90
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Um novo modelo de assistência para cuidar da saúde dos brasileiros

Médico defende que, com apoio da tecnologia, o sistema “value-based healthcare” chega para aperfeiçoar a gestão da saúde e evitar o desperdício de recursos

Por Mario Ferretti, diretor médico de Alice*
6 abr 2021, 10h18
ilustração de brasil conectado por médicos e hospitais
Recursos tecnológicos ajudam a prover uma gestão da saúde mais conectada, personalizada e efetiva.  (Ilustração: Rômolo/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

A saúde suplementar no Brasil é cara. Somente 22,7% dos brasileiros têm um plano de saúde privado, de acordo com dados de 2019 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E, para piorar, a qualidade desses serviços deixa a desejar.

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) de 2020 revela que 80% dos consumidores reclamam de suas operadoras de saúde. Além disso, nada garante que essas pessoas estejam mais protegidas ou saudáveis dentro desse sistema.

Isso acontece porque seguimos um modelo chamado “fee for service”, ou seja, “taxa por serviço”. Esse modelo é focado em pagamentos, não em saúde. Nele, hospitais, laboratórios e profissionais são remunerados pela quantidade de procedimentos feitos, e não pela qualidade desse cuidado. Isso incentiva desperdícios de recursos.

Vou dar um exemplo dentro da minha área de atuação, a ortopedia. Um estudo de 2017 conduzido por pesquisadores brasileiros mostrou que 66% das indicações de cirurgia de coluna são desnecessárias.

A pesquisa revelou que, no lugar de uma intervenção cirúrgica, um tratamento fisioterápico seria suficiente para melhorar a dor, a função e a qualidade de vida dos pacientes. Mas por que tantas cirurgias são feitas? Porque hoje se trabalha dentro de um paradigma “fee for service”, e não de promoção da saúde.

A boa notícia aqui é que há solução para esse cenário. E ela se chama “value-based healthcare” (VBHC) ou, no bom português, “saúde baseada em valor”. Neste modelo, a melhora da saúde das pessoas é premiada.

Continua após a publicidade

O conceito foi proposto em 2006 pelo americano Michael Porter, economista da Escola de Negócios de Harvard. Ele introduziu a ideia de que os sistemas de saúde devem focar em entregar o melhor resultado em saúde com a melhor experiência para a pessoa, sem desperdício de recursos.

A Alice, empresa de tecnologia da qual sou diretor médico, é hoje a primeira gestora de saúde a usar esse modelo pra valer no Brasil. Tudo o que fazemos tem como foco a entrega de melhores resultados de saúde para nossos membros, medidos de forma individual através de métricas, como preconiza o VBHC. Se não for assim, não é “saúde baseada em valor”.

São essas métricas que, além de mostrar o resultado clínico, definem a remuneração dos profissionais e instituições, com o objetivo de entregar o melhor cuidado para os membros e promover efetivamente a saúde.

Aqui está o pulo do gato. São os indicadores que revelam se as pessoas estão de fato ficando mais saudáveis. Na Alice, usamos vários desses indicadores clínicos e cirúrgicos. Eles consideram desde critérios de qualidade de vida, grau de ansiedade e depressão das pessoas até sintomas como dor no joelho.

Continua após a publicidade

A partir desses dados e das respostas aos questionários que aplicamos, conseguimos quantificar o sucesso do tratamento, se houve entrega de qualidade na condução dos casos e, assim, podemos ter a certeza de que estamos entregando valor em saúde.

Tudo isso só é possível a partir de uma tecnologia proprietária, que permite a interconectividade entre todos os nossos parceiros, caso do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do Hospital Israelita Albert Einstein, ambos referência na América Latina. Junto a eles a ideia é propiciar um cuidado integral à saúde do indivíduo.

O modelo “value-based healthcare” está dando os primeiros passos no Brasil e, com a ajuda das healthtechs, iremos chegar muito mais longe.

* Mario Ferretti é diretor médico de Alice

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.