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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Febre amarela ou diabetes: o que é de fato pior?

Nosso colunista reflete sobre a importância de alertar a população sobre uma doença silenciosa e altamente prevalente no país

Por Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 27 jan 2020, 12h23 - Publicado em 19 jan 2018, 10h36

Existe um ditado em Medicina de autor desconhecido que diz: “O meu problema é sempre pior do que o dos outros”. Portanto, se eu adquiri febre amarela, o pior problema do mundo é a febre amarela. Se eu tenho diabetes, o pior problema do mundo é o diabetes.

Mas vamos deixar a individualidade de lado por um momento e pensar na esfera da saúde pública.

Nunca vi tantas campanhas (merecidas, diga-se!) em jornais, sites, rádios e TVs alertando sobre os riscos da febre amarela. Nunca vi tanta informação sobre quem precisa se vacinar, os sintomas, as áreas de risco etc.

Ah, como eu gostaria que houvesse também uma vacina contra o diabetes! Na verdade, como eu gostaria que houvesse uma campanha tão exaustiva alertando sobre o diabetes nesse momento! Como eu gostaria de ver grandes movimentos pregando a prevenção e o controle da doença nos meios de comunicação…

O diabetes é um mal silencioso, que não grita, não causa febre nem manchas pelo corpo. E mata! Sem contar que reduz a qualidade de vida. O número de suas vítimas é absolutamente maior do que o da febre amarela.

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A cada seis segundos uma pessoa morre com diabetes no mundo. Temos mais de 14 milhões de brasileiros com o problema e a tendência é que essa cifra aumente. O drama, ainda, é que metade desses cidadãos com a doença não sabe do seu diagnóstico.

Esses números têm um tremendo impacto social e econômico: só no ano de 2015 o Brasil gastou 72 bilhões de reais com o diabetes, principalmente com as suas sequelas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 o diabetes foi responsável por mais de 70 mil óbitos por aqui, representando 6% de todas as mortes no país.

Para efeito de comparação, o número de mortes por febre amarela no segundo semestre de 2017 foi 97.

Falamos de um problema crônico que está entre as principais causas de infarto, derrame, cegueira, amputações, insuficiência renal e impotência sexual.

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Por isso, em meio a tanta discussão e alarde sobre a febre amarela, tomo a liberdade de abordar (de novo!) o diabetes. Uma doença silenciosa que nos faz ter de gritar por ela.

O fato é que não existe doença melhor ou pior, mas há muitos brasileiros sofrendo ou morrendo por causa do diabetes e é nosso dever alertar sobre isso.

Em tempo: pessoas com diabetes que moram em áreas de risco podem e devem se vacinar contra a infecção. O risco de reações adversas é semelhante ao da população sem diabetes. Agora, diabéticos que estejam com alterações expressivas da glicose no sangue, com a saúde debilitada ou sequelas da doença precisam discutir com seu médico a indicação da vacina antes de procurar um posto de vacinação.

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