Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Experts na Infância Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Pediatras e outros experts da Sociedade de Pediatria de São Paulo discutem e ensinam medidas básicas para a criançada se desenvolver com saúde
Continua após publicidade

A importância do vínculo afetivo para o desenvolvimento do bebê

Criar laços fortes logo no início da vida contribui para o pleno desenvolvimento da criança em diversos aspectos

Por *Cristiane da Silva Geraldo Folino
Atualizado em 11 jul 2019, 12h34 - Publicado em 22 Maio 2019, 14h16

Gestar e cuidar de um pequeno ser não é uma tarefa fácil. Nesses primeiros momentos da vida do bebê na família, há um estado de exacerbada sensibilidade entre os pais. E essa sensibilidade é pertinente, porque propicia entrar em uma particular conexão com o recém-nascido e facilita o entendimento sobre suas necessidades. A verdade é que os pais se tornam pais a partir da experiência que vão tecendo com a criança. Isso não se dá sem uma dose de desestabilização, mesmo para aqueles que já tiveram um filho. Durante esse exercício, é imprescindível contar com uma rede de apoio.

Apesar de os bebês chegarem ao mundo com um equipamento genético e maturacional, de certa forma eles nascem incompletos e dependentes do meio em que vivem. Por isso, durante algum período, precisam de cuidados de qualidade. Vale dizer que o prazer genuíno que a mãe sente ao se relacionar com seu filho provoca nele uma experiência semelhante – e é essencial para estabelecer uma troca afetiva de qualidade entre eles, fortalecendo, assim, seu vínculo.

Esse amparo é precioso não só para garantir a vida da criança, mas também para proporcionar a experiência de ela ser cuidada pelo outro. É a partir dessa relação que, gradativamente, a mente do bebê vai se constituindo, permitindo que ele desenvolva habilidades e mecanismos para lidar desafios futuros.

Tudo é percebido

O bebê se relaciona por meio de sutis manifestações, como o toque, o ritmo do corpo e a música presente na voz de quem cuida dele, além da atenção dada às suas necessidades afetivas. Assim, vão sendo impressas experiências fundamentais para a vida emocional da criança, que servirão para suas próximas vivências e aprendizagens.

Continua após a publicidade

Pois é: bem antes de compreender os conteúdos verbais do que lhe é dito e quais seus significados, o bebê entra em contato com um tipo de comunicação muito mais sensível, ligada aos afetos que são transmitidos e recebidos por ele. O pequeno também se desenvolve à medida que recebe auxílio na contenção de intensidades e sensações que envolvem as interações.

Em torno dessa base oferecida por uma presença constante e sensível – particularmente respeitosa em relação aos ritmos do bebê e da dupla mãe-bebê –, a criança poderá fazer uso de seu repertório herdado, conquistando os mais variados tipos de habilidades, como motoras, cognitivas, sociais e afetivo emocionais. Em paralelo, o bebê aprende a confiar e vai se formando um sujeito de fato, com todas as suas particularidades.

Continua após a publicidade

Com o estabelecimento gradativo desse vínculo de sustentação, pouco a pouco a criança terá condições de criar as sementes de sua própria capacidade de se cuidar, o que impactará em vários aspectos de sua vida para sempre.

*Cristiane da Silva Geraldo Folino é psicóloga e psicanalista e membro do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.