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Quando um acidente afeta a circulação sanguínea

Médico esclarece o que acontece no corpo quando traumas comprometem os vasos sanguíneos — e o que pode ser feito para evitar que a situação se agrave

Por Dr. Adenauer Marinho de Oliveira Góes Jr, cirurgião vascular*
Atualizado em 15 mar 2019, 14h12 - Publicado em 15 mar 2019, 14h11

Chamamos de trauma toda e qualquer agressão que um agente externo pode causar ao nosso corpo. Queimadura é um tipo de trauma. Uma queda que resulta em um osso fraturado é outro tipo. Fazer um corte no dedo também é considerado um trauma. Em resumo: qualquer machucado ou ferida representa um evento traumático para o organismo. E, quando temos uma adversidade do gênero que afeta os vasos sanguíneos, falamos em trauma vascular.

Os traumatismos são divididos em dois tipos principais. Existem os traumas contusos, quando o agente que provocou o problema não penetra o corpo — como acidentes de trânsito. E há os traumas penetrantes que, como o nome indica, provocam o dano entrando no organismo, como ferimentos por facas ou armas de fogo.

Em ambas as situações um vaso sanguíneo (ou vários deles) pode ser atingido. Nesse contexto, ele corre o risco de se romper, ocasionando um sangramento ou, então, devido ao impacto do acidente, entupir, reduzindo a circulação de sangue no local.

Muita gente pensa que essas lesões só acontecem nos acidentes violentos. Engano! Elas ocorrem numa frequência maior do que se imagina. Basta pensar nos traumas que envolvem os ossos. Ao longo dos nossos braços e das nossas pernas existem artérias e veias responsáveis pela circulação dos membros. Quando se sofre uma fratura em algum osso da região, esses vasos podem ser atingidos.

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Isso é especialmente preocupante quando contemplamos os acidentes de trânsito — cuja incidência infelizmente é alta no país. Acidentes com motocicletas, então, são uma verdadeira epidemia. Todos os dias nossos hospitais recebem motoqueiros com pernas quebradas e, em alguns desses casos, os traumas vasculares elevam significativamente o risco de amputação de um membro.

Traumas mais graves exigem a procura imediata de um pronto-socorro. No atendimento, nem sempre é preciso ter a avaliação de um cirurgião. Esse olhar, porém, é fundamental na presença de ferimentos penetrantes ou acidentes complexos que comprometam regiões como pescoço, peito e barriga. É que nessas áreas passam os vasos sanguíneos mais grossos do corpo. Se nada for feito, um sangramento pode levar à morte em poucas horas.

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Quando, em razão do impacto do trauma, os vasos sofrem obstrução, o que preocupa é o risco de os membros perderem seu suprimento de sangue, o que pode levar a uma amputação. A circulação na região precisa ser restabelecida quanto antes.

Por isso é importante um médico examinar o local do trauma para proceder a triagem de urgência. Em algumas situações, o paciente poderá ser transferido para ter um atendimento mais especializado.

Não é possível determinar um tempo-padrão de recuperação e retorno às atividades cotidianas. A reabilitação de um trauma depende de fatores como as condições de saúde do paciente e do acesso a tratamentos após a fase de emergência, caso da fisioterapia. Um atendimento ágil e efetivo, contudo, se mostra essencial para evitar o agravamento do problema.

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* Dr. Adenauer Marinho de Oliveira Góes Jr. é cirurgião vascular do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência de Ananindeua, no Pará, e coordenador do Departamento Científico de Trauma Vascular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular

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