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O papel das startups de saúde em meio à crise do coronavírus

A Covid-19 pegou despreparados os sistemas de saúde do mundo inteiro. Como startups e healthtechs podem ajudar a enfrentar essa crise

Por Luca Stevanatto, CEO de uma startup de saúde*
Atualizado em 13 abr 2020, 12h13 - Publicado em 11 abr 2020, 09h11

A crise mundial provocada pela Covid-19 levanta preocupações sobre a capacidade do SUS (Sistema Único de Saúde) conseguir atender toda a população brasileira que pode vir a ficar doente, especialmente os grupos de riscos, como idosos e portadores de doenças crônicas. A falha do sistema de saúde em conseguir dar suporte médico à população foi um dos fatores que levaram a Itália ao número elevado de complicações e mortes decorrentes do coronavírus.

O Brasil possui o maior sistema de saúde do mundo, porém, a falta de verba e a desigualdade social e econômica fazem a população sofrer por falta de assistência médica. O sistema privado de saúde é inacessível para 75% dos brasileiros, devido aos seus preços elevados.

O sistema público de saúde italiano era considerado um dos melhores do mundo antes da crise do coronavírus — o que pouco importa agora, já que o país vive um cenário de guerra e não tem escolha a não ser assistir pessoas morrerem em massa diariamente. Os hospitais italianos estão lotados. A carência de equipamentos é uma realidade.

É nesse contexto que cabe discutir o papel das startups de saúde, que surgem com propostas inovadoras de baixo custo. Nos Estados Unidos, que há muito sofre com a falta de saúde gratuita, é comum ver startups preencherem essa demanda e contarem com o apoio governamental.

No Brasil, ainda não há esse apoio. Em época de pandemia, porém, a ação das startups e healthtechs pode se mostrar questão de vida ou morte para muitas pessoas.

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O caso do Reino Unido nos prova que é necessário tomar atitude frente à pandemia: no começo da crise, o país tinha como estratégia a inação, isto é, deixar o vírus tomar conta da população, que desenvolveria anticorpos naturais depois de infectadas, e esperar que a doença desaparecesse.

Isso mudou quando o Imperial College de Londres traçou o panorama de cerca de meio milhão de mortos só no país, caso o plano continuasse. Com isso, reformularam a estratégia e adotaram a mitigação, com o efeito de remediar a situação e tentar impedir a proliferação do vírus. Novamente, viu-se que dessa maneira o agente infeccioso continuaria causando fatalidades. Por último, decidiram adotar a supressão, interrompendo a transmissão e reduzindo os casos. Foi o que fez a China.

A estratégia de supressão, portanto, mostra-se a mais eficiente contra o vírus da Covid-19, talvez a única eficiente. Porém, para colocar em prática o plano, seria necessário ir além do que o sistema de saúde normalmente oferece. É aí que entram as startups e healthtechs.

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No Brasil, a Triágil, startup de saúde, criou um aplicativo que analisa se você está infectado ou não. Nos EUA, uma filial do Google, a Alphabet, desenvolve um site com a mesma função. Outras startups, como a Go Compass, que não é da área da saúde e fez um aplicativo que organiza melhor a vida na quarentena em um prédio de São Paulo, tentam ajudar na situação, ao combinar tecnologia com inteligência para ajudar a medicina a combater o vírus.

O SUS, apesar de ser o maior sistema de saúde do mundo, salvar a vida de milhares de brasileiros diariamente e de ser imprescindível para o país, não está preparado para vencer sozinho o coronavírus — nenhum sistema de saúde está. O apoio das startups, tanto para facilitar a vida da população neste momento quanto para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao vírus, é essencial para diminuir o número de casos graves e mortes no mundo.

* Luca Stevanatto é fundador e CEO da Deso Brasil. É ex-presidente da ENACTUS (Entrepreneurs in Action Time) das Faculdades de Campinas (Facamp) e neto de um dos fundadores do grupo farmacêutico Cristália

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