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Internet lenta faz mal à saúde

Especialista debate como a falta de infraestrutura para web emperra a assistência médica no Brasil

Por Renan Perantoni*
Atualizado em 20 nov 2017, 16h25 - Publicado em 20 nov 2017, 16h25

A internet brasileira tem uma das conexões mais lentas do mundo. E isso não é força de expressão. Trata-se de dado comprovado pelo site que é líder global em testes de desempenho da rede, o Ookla.

O medidor digital aponta que a velocidade de conexão fixa do Brasil está em 78° no ranking mundial. Para você ter ideia, a web brasileira é mais lenta que a de países como o Cazaquistão (51°), o Vietnã (57°) e o Sri Lanka (73°).

Antes que você se pergunte o que essa falta de velocidade tem a ver com a saúde das pessoas, eu facilito: mais do que apenas um fator de irritação para os usuários, a morosidade na conexão à internet é um problema real para a implantação de políticas e inovações médicas no interior de países continentais como o nosso.

A prova vem de um estudo recém-divulgado pelo Daily Yonder, site de notícias mantido pela ONG Center for Rural Strategies. A publicação mostra que a dificuldade de conexão no interior dos Estados Unidos — outra nação de grandes dimensões — atrapalha os atendimentos feitos por telemedicina, ou seja, as consultas realizadas a distância e via internet.

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Agora, se a situação é crítica por lá, um dos países mais avançados tecnologicamente do mundo e com a 11° melhor conexão do planeta, imagine por aqui. Por trabalhar justamente com essa área no Brasil, acredito que posso passar algumas percepções de como essa dificuldade se já se manifesta por aqui.

É importante saber que a maioria das conexões feitas no Brasil é viabilizada por uma única empresa de telecomunicações, a Oi. Portanto, caso haja qualquer problema de conexão em relação a essa operadora ou outras empresas que também utilizem parte da banda deles, cidades ou regiões inteiras podem ficar sem contato digital.

Além disso, existem problemas regionais (e surreais!) que precisam ser ultrapassados. Em cidades do Acre, por exemplo, o corte de cabos de internet, telefone e luz são atitudes comuns em regiões controladas por índios.

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O problema é que isso gera distúrbios no atendimento via internet, proporcionando atrasos e dificuldades na comunicação em clínicas e hospitais da região. É preciso mais do que criatividade e resiliência para conseguir prover assistência a áreas tão distantes.

E é fundamental manter o acompanhamento médico nessas circunstâncias, senão as pessoas que começam a se consultar a distância ficam sem receber o devido atendimento simplesmente porque a “internet está lenta”. Isso não pode ser uma opção.

A internet é um bem que precisa estar a serviço da saúde da população. Atualizar e ampliar o fornecimento de serviços digitais e inovadores no Brasil é um meio de gerar mais bem-estar às pessoas e também de cuidar do nosso futuro.

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* Renan Perantoni é administrador e sócio-fundador da startup ONE Laudos, empresa  especializada no fornecimento e na avaliação de laudos médicos via internet

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