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Exercícios contra o excesso de peso: qual o mais indicado?

Atividade física ajuda, sim, a se manter em forma. Mas qual a mais eficiente para emagrecer? Uma especialista apresenta suas descobertas sobre o tema

Por Dra. Ana Dâmaso*
Atualizado em 12 mar 2017, 09h56 - Publicado em 12 mar 2017, 09h56

Por Ana Dâmaso*

Sabemos que a atividade física é uma das principais estratégias não medicamentosas de combate à obesidade e que diferentes treinamentos produzem resultados mais ou menos acentuados na perda de peso. Na realidade, o impacto positivo dos exercícios se estende aos problemas associados aos quilos a mais.

Dados do nosso grupo de pesquisa na Universidade Federal de São Paulo demonstram que adolescentes sedentários, de 15 a 19 anos, com peso aproximado de 100 quilos, apresentam alta prevalência de outros riscos à saúde: 50% têm excesso de gordura no fígado, 40% sofrem com dificuldades respiratórias, 32% possuem a síndrome metabólica (uma ameaça para o coração) e mais de 90% enfrentam alta probabilidade de desenvolver diabete. São achados que reforçam a necessidade de dizer não ao comportamento sedentário.

De olho no potencial da atividade física para reduzir o peso corporal e os riscos ligados a ele, ainda assim fica a questão: qual a melhor intensidade do exercício? Em nossa linha de pesquisa investigamos dois tipos de treinamento moderado: o aeróbio (caminhada em esteira ou bicicleta ergométrica) versus o aeróbio combinado com a musculação. Após um ano nesse programa de emagrecimento, verificamos que o treino combinado resulta em efeitos mais significativos na redução do risco cardiovascular – a prevalência de síndrome metabólica caiu de 32 para 8% – e de gordura no fígado e tendência ao diabete.

O que explica isso? O treinamento físico moderado e combinado ajuda a regular a liberação de leptina, hormônio que reduz a fome e eleva o gasto energético e que, na obesidade, não atua de forma adequada, e aumenta os níveis de adiponectina, substância que participa do equilíbrio do açúcar no sangue e do controle dos processos inflamatórios atrelados à obesidade. São mecanismos que auxiliam a entender como o exercício diminui a exposição ao diabete e às repercussões cardiovasculares.

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Recentemente, tem-se observado que o treinamento intervalado, quando intercalamos os ritmos de alta e baixa intensidade, otimiza o gasto calórico e seus efeitos após o exercício em si. Dessa forma, a modalidade emerge como estratégia viável para a redução da massa corporal.

Agora, considerando o elenco de males ligados ao excesso de peso, cabe ressaltar a necessidade de uma prescrição individualizada, precisa e segura da atividade física. E lembrar, ainda, que os exercícios devem ser escolhidos considerando também o prazer que são capazes de proporcionar, e não a penúria ou o sacrifício. Isso ajudará a garantir que sejam mantidos ao longo da vida, o que trará mais saúde e menos doenças.

*Dra. Ana Dâmaso é educadora física, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do Grupo de Estudos da Obesidade da Unifesp

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