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Em 2021, certezas e aprendizados sobre atendimento médico na pandemia

Uma médica mostra como instituições sem fins lucrativos inovaram, oferecendo atendimento online contra a Covid-19 a pessoas desassistidas

Por Adriana Mallet, CEO da SAS Brasil*
Atualizado em 6 Maio 2021, 17h04 - Publicado em 5 Maio 2021, 17h55

Entramos em 2021 com a sensação de um desagradável déjà-vu. Mas um olhar atento revela que, embora o prognóstico não seja animador, com um ano pior do que o já difícil 2020, há aprendizados e certezas sobre a Covid-19 que não tínhamos antes. A grande questão é como utilizarmos isso a nosso favor.

No ano passado, ainda havia muitas dúvidas no ar. Não sabíamos, por exemplo, quão rapidamente o coronavírus se espalharia, não conhecíamos sua letalidade e nem a melhor forma de tratar os infectados. Hoje já conhecemos a essencialidade da máscara, do distanciamento social e da vacinação em massa. Também descobrimos que não é o tratamento, mas a assistência precoce que verdadeiramente salva vidas.

Em outras palavras, não é o uso indiscriminado de medicamentos sem eficácia comprovada que tem feito a diferença no desfecho de muitos casos, mas sim o acompanhamento médico de qualidade tão logo os primeiros sintomas apareçam.

Os números refletem uma certeza: a maioria dos infectados se recupera bem e só apresenta sintomas leves. Mas as quase 3 milhões de mortes por Covid-19 no mundo também comprovam que a evolução da doença pode ser perigosamente rápida e inesperada. E não podemos jogar só sobre o paciente a responsabilidade de avaliar seu estado de saúde, sem o olhar de profissionais.

É preciso ir ao encontro dessas pessoas quanto antes. E já existe tecnologia, expertise e aprendizados para viabilizar isso sem que elas sequer precisem sair de casa. Comprovamos isso na prática na SAS Brasil, ao garantir mais de 30 mil atendimentos que deram a milhares de indivíduos o acesso a um combo que tem se mostrado essencial: acompanhamento médico online, rápido e prático, aliado ao monitoramento diário em casa dos níveis de oxigênio no sangue. Com essa fórmula, desde o início dos nossos teleatendimentos, em março de 2020, não houve nenhum óbito relacionado a complicações da Covid-19.

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Por isso é importante dar um passo atrás, fazendo com que o atendimento médico presencial seja uma opção apenas quando há necessidade real, o que também ajuda a desafogar os hospitais lotados. E é possível fazer isso sem deixar desassistida grande parcela da população.

No atual cenário de colapso, não há tempo a perder. É importantíssimo moldar novas políticas públicas a partir das melhores experiências já acumuladas. O terceiro setor foi fundamental neste primeiro ano de pandemia para pensar “fora da caixa” e comprovar medidas escaláveis e eficientes.

Após um ano de pandemia, o Ministério da Saúde anunciou a criação de um programa de telessaúde no enfrentamento à Covid-19. É um passo fundamental. No atual cenário, contudo, acende em nós um alerta de que não há por que reinventar a roda que já existe e que gira com extremo sucesso em projetos reconhecidos de instituições sem fins lucrativos, como SAS Brasil, União Rio, Dados do Bem e Redes da Maré, em empreitada junto à Fiocruz, no Rio de Janeiro.

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Convidamos nossas lideranças a buscarem quem já está lidando muito bem com a telessaúde. Falem com quem atua com sistemas estruturados, que garantem a segurança de dados e oferecem soluções inovadoras. Esse é o caso, por exemplo, das cabines de teleatendimento da SAS Brasil, um projeto reconhecido pelo Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica 2020. As nossas cabines oferecem acesso à saúde especializada a pessoas sem internet ou sem celular com tecnologia para videochamadas.

Não há tempo a perder no aprendizado daquilo que já se sabe e na reconstrução de soluções já disponíveis, prontas para ampliação. É hora de unir esforços e de fazer com que essas soluções cheguem rapidamente a milhões de brasileiros.

*Adriana Mallet é médica, empreendedora social, palestrante e CEO da startup social SAS Brasil, que dá acesso gratuito à saúde especializada a pessoas vulneráveis no país desde 2013, de forma presencial e remota.

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