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Dr. Google como aliado contra o mau uso da medicina

Tomando o caso do Dr. Bumbum como exemplo, cirurgião mostra como usar a internet para se informar sobre saúde e encontrar bons profissionais

Por Dr. Cid Pitombo, cirurgião*
Atualizado em 23 jul 2018, 18h20 - Publicado em 23 jul 2018, 18h08

A imprensa vem dando destaque ao pior desfecho de uma cirurgia ilegal feita por um médico sem especialização e sem habilitação para conduzir tal procedimento. Uma mulher de 46 anos morreu depois de se submeter a uma intervenção estética, realizada em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O exercício irregular da medicina é pauta recorrente nos meios de comunicação. Ao longo dos anos, temos visto com maior frequência investigações e até operações policiais para prender quadrilhas que se especializam em tirar dinheiro de pessoas com promessas de resultados milagrosos a partir de procedimentos cirúrgicos.

Não é difícil ser impactado nas redes sociais com anúncios de supostos medicamentos que resolveriam problemas de saúde num passe de mágica. Eu mesmo, que sou um cirurgião bariátrico conhecido, já precisei acionar a Justiça para retirar de circulação um anúncio no Facebook que oferecia um medicamento urológico abusando da minha imagem e credibilidade.

O próprio Dr. Bumbum – essa alcunha por si só já deveria acender um sinal de alerta nas potenciais pacientes – se utilizava das redes sociais para vender o seu peixe.

Mas devemos chamar a internet e as redes sociais de vilãs da história? Sim e não.

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É claro que as empresas de mídia devem ser responsáveis pelos conteúdos que divulgam. Não à toa, os presidentes de Facebook, Google e demais empresas de tecnologia têm sido cobrados por governos e órgãos reguladores para incrementar seus mecanismos de controle de fake news e publicidade irregular.

Mas o acesso fácil à informação pode e deve ser um aliado do paciente. No caso específico do médico Cesar Barros Furtado, o Dr. Bumbum, rapidamente a imprensa conseguiu checar que ele respondia a mais de dez ações na Justiça. Os conselhos de medicina, assim como as sociedades de diferentes especialidades, mantêm cadastro ativo e de fácil consulta sobre a situação de cada médico.

Por isso, com uma rápida pesquisa na internet é possível saber a situação de quem se apresenta para tratar de algo tão importante: a sua saúde.

Outra coisa vital é ter atenção ao ambiente onde o médico propõe a intervenção cirúrgica. Eu mesmo só opero em uma lista reduzida de hospitais.
Não é preciosismo: eu quero que todos os meus pacientes tenham garantida a qualidade de tratamento em todas as etapas. Da equipe de enfermagem, à qualidade técnica de uma Unidade de Terapia Intensiva. Ou seja, se for necessário, garanto que o paciente contará com o que for preciso.

Um procedimento, mesmo que minimamente invasivo, precisa ser conduzido em um ambiente preparado – um hospital ou um centro cirúrgico. Um apartamento definitivamente não é o local para isso.

Na dúvida, busque também na internet, no site do CRM por exemplo, quais são as normas exigidas para o procedimento que você pretende fazer. Se for um médico sério, ele vai indicar o seu tratamento dentro dos parâmetros que a sociedade médica aceita.

Com saúde não se brinca. Seja rigoroso e procure em fontes confiáveis. A tecnologia também está aí para nos ajudar.

*Cid Pitombo é médico cirurgião, autor do livro ‘Obesity Surgery’ e coordenador do Programa de Cirurgia Bariátrica do Estado do Rio de Janeiro

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