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Dieta, exercício… o que é mais importante depois dos 60

Palpites sobre o que, afinal de contas, nos levaria a um envelhecimento de qualidade

Por Antonio Herbert Lancha Jr.
Atualizado em 11 jan 2018, 19h23 - Publicado em 30 dez 2017, 10h32

Há alguns anos, um amigo me perguntou: depois de tantos estudos e congressos, diga para mim o que fazer para envelhecer bem. Pergunta desafiadora sobre esse fato inexorável da vida, o envelhecimento, esse presente que ganhamos ao nascer e nos acompanha na evolução e limitação de nossas habilidades motoras – engatinhamos, aprendemos a andar, caminhamos, corremos e depois precisamos ter cautela até para trocar de cômodo em casa – e de nossos hábitos alimentares – mamamos, aprendemos a comer em família, experimentamos sabores e, na velhice, restringimos nossas escolhas à mesa.

Joguei futebol por muitos anos de forma competitiva. Quando parei, não ousava mais “brincar” de bola – aquilo era sério demais. Com mais de 40, em um fim de semana na fazenda de um amigo, veio a nova convocação.

Garotos jogavam uma partida quando o goleiro se machucou. Eles sabiam que eu havia jogado nessa posição e me chamaram: “Pega no gol pra nós, TIO!” Confesso que a palavra me incomodou. Mas fui lá. Entre uma defesa e uma falha, o jogo acabou.

No dia seguinte, não conseguia levantar os braços. Mas espera: eu treinava, levantava peso, corria… Que dor era aquela? Era a dor dos anos sem jogar no gol.

Com a comida as coisas não são tão diferentes. Se deixamos de comer de forma equilibrada e variada, o mesmo dilema surge. Perdemos paladar, não sentimos tanto prazer, reduzimos nossa capacidade de digestão. Certa vez, fui convidado para dar uma aula no Piauí e os colegas me chamaram para saborear carne-seca, macaxeira e outros pratos regionais.

Lembro-me até hoje do gosto maravilhoso… e da digestão confusa e lenta. Por quê? Porque foram anos sem uma boa carne de sol.

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Colocando tudo isso em perspectiva, podemos pensar em um projeto para envelhecer de forma ativa e saudável. O que ele contempla?

1) Evitar a monotonia alimentar – que tal provar um prato diferente por semana?

2) Prezar pela variedade… com frutas, legumes e iogurtes no dia a dia.

3) Desafiar o corpo, essa máquina incrível, a atividades que exijam do físico e do raciocínio – já pensou em fazer uma luta ou uma dança?

4) Manter uma rotina de exercícios, alternando aqueles que trabalham força com aqueles que demandam fôlego.

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5) Caminhar e correr pelo mundo desfrutando de suas culturas e culinárias.

Por fim, deixo uma palavra que vale como um mantra: “ikigai”, da ilha de Okinawa, no Japão. Ela quer dizer “propósito”, aquilo que nos faz acordar toda manhã. Coloque você (e sua saúde) em primeiro lugar. Isso é o mais importante: seja você seu próprio “ikigai”.

Antonio Herbert Lancha Jr. é profissional de educação física, professor titular de nutrição da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo e autor do livro O Fim das Dietas (Editora Abril).

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