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Cuidado com a saúde ocular infantil deve virar prioridade para os pais

Casos de miopia cresceram após a pandemia. Identificar e corrigir o problema desde cedo evita perrengues e melhora a qualidade de vida

Por Gerson Cespi, diretor-geral da CooperVision no Brasil*
19 nov 2021, 10h20

Você já reparou quanto tempo seu filho passa em frente às telas dos aparelhos eletrônicos? Seja por lazer ou por estudo, especialmente durante a fase de distanciamento social, as crianças têm ficado muito mais tempo assistindo TV, jogando videogame, mexendo em tablets e celulares…  E já estamos observando os impactos dessa rotina na saúde ocular.

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelou que, durante a pandemia, houve um aumento no número de casos de miopia infantil. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa condição, que é caracterizada pela dificuldade em enxergar claramente a distância, já é considerada uma epidemia.

Não é apenas a exposição excessiva às telas que pode ser prejudicial para os olhos. Além do fator genético, a questão do ambiente também tem impacto direto no desenvolvimento da miopia. Um estudo realizado na China mostrou que crianças que participam de atividades ao ar livre conseguem ter uma saúde ocular melhor.

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O que acontece é que a luz do sol estimula a produção de dopamina, um neurotransmissor que desempenha funções importantes em nosso corpo, inclusive a de regular o crescimento dos olhos. Assim, se a criança passa muito tempo em ambientes fechados e com pouca iluminação, as chances de desenvolver miopia são grandes.

O que muitos pais não sabem é que complicações da visão, relacionadas às altas miopias no decorrer da vida, podem levar inclusive à perda irreversível da visão. Além disso, crianças com miopia não identificada podem ter mais dificuldades em atividades corriqueiras do dia a dia e até mesmo na escola – os pais podem acreditar que o filho está com problemas de aprendizagem, quando, na verdade, a criança tem dificuldade para enxergar na sala de aula.

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É por essas e outras que priorizar os cuidados com a saúde ocular dos mais novos é de extrema importância. Talvez seja surpresa para algumas pessoas, mas ainda hoje existem famílias que têm receio de levar os filhos ao oftalmologista, com medo de que a criança necessite usar óculos e que isso tenha impactos na vida social dela.

Os pequenos precisam ser examinados por um oftalmologista com regularidade, para que eventuais problemas sejam detectados logo nos primeiros anos de vida. Diversas condições podem ser tratadas e causar menos prejuízos se forem diagnosticadas precocemente.

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O medo dos pais de verem os filhos usando óculos na infância não pode ser um fator que os impeça de levar as crianças para serem examinadas. O setor da oftalmologia está em constante evolução e, com o apoio da tecnologia, conseguimos encontrar soluções cada mais inovadoras e eficazes para tratar diversas condições.

Quando falamos especificamente de miopia infantil, já temos no Brasil tratamentos alternativos que, ao mesmo tempo que corrigem o problema de refração, conseguem contribuir para a redução da progressão da miopia por meio de lentes de contato ou colírios, por exemplo.

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Contudo, os pais precisam estar atentos aos sinais dessa dificuldade para enxergar. É o caso de:

  • Permanecer muito próximo às telas
  • Manter o livro perto do rosto durante a leitura
  • Não enxergar objetos distantes
  • Piscar excessivamente
  • Esfregar os olhos com frequência

Se perceber qualquer um desses comportamentos, é aconselhável procurar um profissional capaz de detectar e tratar o problema de visão da forma mais adequada. Mais do que isso, as consultas ao oftalmo devem fazer parte da agenda da família. Vamos garantir que nossas crianças possam enxergar com clareza o mundo que, em breve, terão que desbravar.

* Gerson Cespi é diretor-geral da CooperVision no Brasil

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