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As lições dos superatletas para ganhar mais qualidade de vida

Médico que atende alguns dos maiores craques do futebol brasileiro compartilha conselhos com base no acompanhamento de profissionais do esporte

Por Dr. Eduardo Rauen, médico do esporte*
16 jan 2020, 13h20

Quando falamos em atletas, o que vem à nossa mente é uma pessoa que possui uma forma física impecável. O estereótipo de pessoa musculosa, ágil, forte, certo? A palavra “atleta” surgiu na Grécia para designar aqueles que lutavam, combatiam…

Porém, o atleta que conhecemos hoje é aquele mais de “carne e osso” mesmo, diferente das imagens que remetem à Antiguidade. É um ser humano que possui diversas fraquezas, assim como qualquer pessoa. Ele tem família, é pai, filho, marido… e tem contas a pagar no final do mês.

O que diferencia o atleta do ser humano “normal” é que ele não pode errar! Ora, não pode errar? Por conta disso, a cobrança em cima dele é muito grande.

Tomemos como exemplo um jogador de futebol, o esporte mais praticado no Brasil. Este atleta necessita estar em plena forma física nos 365 dias do ano. Ele luta contra o tempo, sabendo que sua carreira não é das mais longas. Para isso, precisa privar-se de muitas coisas, como alguns tipos de comida e bebida.

Além da forma física, precisa estar bem emocionalmente. Caso isso não esteja em perfeita harmonia, pode interferir na sua qualidade de jogo e treino. Fatores como disciplina, treinamento e recuperação através do sono e descanso necessário são condições cruciais para o caminho rumo ao sucesso.

Cuidados com a alimentação também são essenciais. Assim como a rotina de exercício físico, que engloba sessões de musculação. O atleta de hoje requer um acompanhamento multidisciplinar, contando com o suporte de médico nutrólogo, nutricionista, médico do esporte, fisiologista, educador físico, fisioterapeuta, psicólogo e instrutor de mindfulness. Há quem diga que tudo isso seria um exagero! Até que ponto?

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Com esse cenário em mente, que lições podemos extrair do acompanhamento desses superatletas para as pessoas que não são profissionais, mas praticam atividade física e se preocupam com a saúde? Temos que pensar nessa receita de uma forma simples: sono adequado, alimentação saudável e exercício físico regular.

O primeiro passo, de fato, é vencer o sedentarismo. Estudos mostram que ele está associado a um risco aumentado de muitas doenças crônicas, incluindo problemas cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer. Precisamos pensar o estilo de vida como uma estratégia de prevenção contra esses males.

A alimentação, aliada à suplementação orientada pelo médico, é outro ponto indispensável para a “máquina” funcionar a pleno vapor. Com a diminuição do peso, o aumento da massa magra e a redução na gordura corporal, ganha-se agilidade e velocidade, atributos essenciais a quem pratica um esporte.

Em geral, o indivíduo que fica mais leve, forte e rápido não só melhora sua performance mas também se recupera melhor para a próxima etapa e encara um menor risco de lesões. Isso vale ouro para um atleta, que se torna competitivo por mais tempo e pode estender sua carreira.

Eu sempre digo que, fazendo o que você faz, o resultado será sempre o mesmo. As mudanças não ocorrerão, você ficará frustrado e chegará um momento em que vai desistir de vez, fracassando na tentativa de mudar seu estilo de vida. Estamos vivendo uma era em que a expectativa de vida aumentou e temos a possibilidade de viver mais. E porque não viver mais e melhor?

Devemos usar os conhecimentos médicos sobre a rotina dos atletas e os bons hábitos em geral para aplicá-los em nosso cotidiano e ampliar nossa expectativa e qualidade de vida.

Pensando no binômio dieta e atividade física de uma maneira democrática, vale resgatar as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a entidade, nosso cardápio deve ter cinco porções de frutas, verduras e legumes, priorizar fontes de carboidrato complexo (como sementes, cereais e batata-doce, que oferecem mais fibras), dar preferência a carnes magras e peixes, além de limitar a quantidade de sal, açúcar e gordura saturada (a trans, por sua vez, deve ser excluída). Em relação à gordura, melhor focar em azeite de oliva, nozes, castanhas e abacate, fontes do tipo insaturado, bem-vindo à saúde.

No que toca à atividade física, a OMS recomenda realizar no mínimo 150 minutos de exercícios de intensidade moderada ou pelo menos 75 minutos em intensidade vigorosa por semana. Nesse contexto, não podemos esquecer do fortalecimento muscular, que deve priorizar grandes grupos musculares e ser feito dois ou mais dias por semana.

Levando em conta esses preceitos básicos e alguns ensinamentos aplicados aos superatletas, conseguimos viver de uma forma mais saudável e livre de boa parte das doenças.

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* Dr. Eduardo Rauen é médico do esporte e nutrólogo

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