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Você pode (ou melhor, deve) se preparar para um envelhecimento saudável. A geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ensina como
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Quem cuida também precisa ser cuidado

Apoio aos familiares que exercem a atividade e regulamentação da profissão são passos fundamentais para valorizar essa ocupação

Por Maisa Kairalla
5 dez 2021, 12h08

O ato de cuidar está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento humano. Desde o nosso primeiro segundo de vida, precisamos de cuidados e, por mais independente que uma pessoa possa ser ao longo de sua vida, é como diz o ditado: “Ninguém vive sozinho”. Mais cedo ou mais tarde, em um momento ou outro, vamos todos precisar de alguma assistência.

Há pessoas que nascem precisando de cuidados especiais por toda a vida, enquanto outras passam a necessitar deles após algum acidente ou conforme vão envelhecendo e ficam com alguma função comprometida, muitas vezes em decorrência de doenças como Alzheimer ou Parkinson.

De modo geral, é comum que um familiar mais próximo assuma a responsabilidade de cuidar, auxiliando na locomoção, passando a acompanhar consultas médicas e cuidando também da alimentação e demais necessidades básicas. Em muitos casos, inclusive, algumas famílias optam pela contratação de um cuidador profissional que fica, por sua vez, incumbido de todas essas tarefas.

O fato é que, seja o cuidador familiar ou profissional, essas pessoas existem e são cada vez mais necessárias, principalmente se levarmos em conta que a expectativa de vida do brasileiro aumentou e caminhamos para nos tornar uma nação envelhecida. Por isso, se faz fundamental compreender melhor o papel, os anseios e as queixas desses que dedicam suas vidas ao cuidado.

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Sabemos que boa parte dos cuidadores são do gênero feminino. Isso mostra uma tendência que a sociedade possui de destinar à mulher a tarefa do cuidado, fazendo com que tantas vezes ela tenha uma dupla ou até tripla jornada, sendo responsável por cuidar não apenas do paciente, mas também do restante da família e participando ativamento do sustento financeiro da casa.

É nítido que as mulheres cuidadoras enfrentam uma alta carga física e emocional e é importante destacar que, para boa parte dos cuidadores familiares, essa é uma atividade não remunerada.

Cuidar também pode gerar problemas ocupacionais, como estresse, insônia, dor nas costas e pelo corpo e até mesmo lesão por esforço repetitivo. Outro ponto que merece destaque é o fato de que, conforme envelhecemos mais, em um curto período teremos idosos cuidando de idosos.

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Por tudo isso é que precisamos cuidar dos cuidadores, valorizando as pessoas que ajudam na promoção da autonomia e da qualidade de vida de quem necessita de assistência.

Precisamos insistir na regulamentação da profissão — em 2019, sob alegação de que essa atitude restringiria o livre exercício profissional, o projeto foi vetado pelo governo —, garantir melhor qualificação do cuidador, bem como suporte e apoio técnico à categoria, valorizando seu trabalho e reconhecido seu devido protagonismo.

Cuidamos por amor, por necessidade, por respeito e por empatia. E, como sociedade, precisamos também cuidar daqueles que fazem do cuidado uma profissão tão necessária.

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