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Vacina antidengue está a um passo de virar realidade no mercado de saúde

Entenda como a vacina antidengue ajudará a acabar com a doença que ameaça o verão brasileiro

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 06h34 - Publicado em 8 fev 2012, 22h00

Mesmo com a vacina, ainda será necessário tomar cuidado com o mosquito
Foto: Getty Images


A temperatura sobe, as chuvas começam e soa o alarme: cuidado, lá vem a dengue. A história se repete a cada fim e início de ano e, mesmo com as medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito Aedes Aegypti consegue se reproduzir e propagar vírus.

Daqui a poucos anos, porém, esse panorama deve mudar. Já que não podemos exterminar o inseto, por que não ensinar o sistema imune humano a se defender do vírus? Esse é o objetivo de uma vacina contra os quatro tipos do micro-organismo, que já está na etapa final de testes.

O produto, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, é o candidato mais avançado entre os imunizantes do gênero e está passando por estudos de eficácia, cujos primeiros resultados devem sair ainda em 2012.

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“A vacina já foi aplicada em mais de 15 mil pessoas ao redor do mundo e, ao final do programa, teremos 45 mil”, informa Pedro Garbes, diretor regional de pesquisa e desenvolvimento da empresa farmacêutica para a América Latina. Os testes já começaram no Brasil, com 4 mil voluntários.

A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países – incluindo o nosso, a Austrália, os Estados Unidos e algumas nações do sudeste asiático e da América Latina -, quer saber agora até que ponto o imunizante protege contra o vírus. “Por ora, os dados sugerem que ele funciona, mas só estudos desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia”, pondera Garbes.

Obter uma vacina antidengue é uma tarefa difícil por causa de obstáculos impostos pela natureza. Para começar, não há modelos animais 100% convincentes para avaliar a fórmula. “Isso porque mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção”, diz Garbes.

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Além disso, de nada adianta aprontar um imunizante que bloqueie apenas uma das espécies, por assim dizer, do vírus. Se a gente pega dengue 1, por exemplo, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam para barrar os outros tipos.

“O problema é que, ao sofrer uma segunda infecção, por outro vírus, o sistema imune pode potencializar a agressão, favorecendo a forma hemorrágica“, avisa o especialista Stefan Ujvari. “Desse modo, um imunizante que combatesse somente os tipos 1 e 2 ameaçaria ainda mais quem pegasse os tipos 3 e 4”, argumenta o infectologista pediátrico Luis Carlos Rey, pesquisador da Universidade Federal do Ceará.

A perspectiva de um imunizante contra esse mal tão íntimo do brasileiro também não significa que, quando a vacina chegar aos hospitais, todos poderão deixar o mosquito em paz. “Os cuidados com o vetor (o mosquito) continuam, sobretudo no início do esquema vacinal”, analisa Rey.

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E, claro, enquanto não dispomos desse recurso, convém eliminar os criadouros do inseto – aqueles locais e utensílios que podem abrigar água parada – e correr para o pronto-socorro diante da suspeita da doença.

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