Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Meningite eosinofílica: fique alerta à doença transmitida por caramujo

Estudo nacional mostra que, nos últimos anos, houve registros desse tipo de meningite em diversas regiões do Brasil. Saiba mais sobre a doença

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 17 jan 2019, 12h39 - Publicado em 17 set 2014, 22h00

Você já ouviu falar na meningite eosinofílica? Diferente de outras meningites – causadas por vírus ou bactérias – essa doença é caracterizada por uma infecção provocada principalmente por parasitas. Um dos maiores responsáveis pelo problema é o Angiostrongylus cantonensis, um verme originário do continente asiático, transmitido por crustáceos e moluscos.

De acordo com um estudo publicado em junho de 2014 na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, o primeiro relato brasileiro desse tipo de meningite decorrente do Angiostrongylus foi feito em 2007. Desde então, houve 34 casos confirmados em pacientes de Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, sendo que um deles resultou em morte. Os cientistas acreditam que essa distribuição se deve, especialmente, à disseminação do caramujo-gigante-africano pelo território nacional.

O intuito da pesquisa, segundo os autores, é alertar profissionais de saúde para essa versão da doença. “Todos estão muito preocupados com as meningites virais e bacterianas e não conhecem outras possibilidades que, embora mais raras, podem se tornar comuns”, alerta Carlos Graeff-Teixeira, professor de parasitologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e um dos líderes da investigação.

Sintomas

A meningite eosinofílica se manifesta da mesma forma que as outras versões da doença. “O paciente pode apresentar dor de cabeça, febre, vômito e rigidez na nuca”, informa o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo.

Tratamento

Assim como a meningite viral, a cura da eosinofílica é espontânea. “Não existe um remédio que seja capaz de matar o verme”, conta Graeff-Teixeira. Por isso, o que se faz é observar o quadro e receitar medicamentos que amenizem os sintomas, como analgésicos e corticoides.

Continua após a publicidade

Prevenção

Entre as principais medidas para evitar a meningite eosinofílica estão os cuidados com a alimentação. É fundamental lavar muito bem frutas e verduras, pois elas podem ser contaminadas pelo muco de caramujos que tenham o Angiostrongylus cantonensis. Por isso, antes de levar a alface ou a maçã à boca, é preciso higienizá-las corretamente. “Deixe os alimentos imersos em 1 litro de água com 1 colher de sopa de água sanitária, por uma hora”, prescreve o professor da PUC-RS. Em seguida, lave-os em água corrente.

Outra atitude fundamental é lavar bem as mãos depois de tocar moluscos terrestres, como os caramujos. Isso vale principalmente para crianças, que têm mais risco não só de ter contato com esses animais, mas também de colocar a mão na boca após tocá-los.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.