Cientistas desenvolvem exame de sangue para flagrar o câncer
Novo exame delataria a presença de vários tipos de tumor com base em uma pequena amostra sanguínea.
No método, se os glóbulos brancos reagirem aos raios UVA formando uma cauda de cometa, indica que há um câncer.
Ilustração: Erika Onodera
A promessa é fruto de pesquisas lideradas pela professora de ciências biomédicas Diana Anderson, da Universidade de Bradford, na Inglaterra. Ela coletou sangue de 208 pessoas (com e sem câncer) e submeteu seus glóbulos brancos a uma emissão de raios ultravioleta. A radiação fez com que as células dos voluntários com a doença se comportassem de maneira claramente diferente – no microscópio, elas formavam uma espécie de cauda de cometa. “Um caroço no seio pode ser um câncer, um cisto ou um duto bloqueado. Com o teste, uma resposta negativa já descartaria a hipótese do tumor”, explica Diana. Por essa lógica, ele evitaria biópsias e outros exames invasivos desnecessários. “Os dados do estudo são consistentes, mas, como ele foi feito com pessoas saudáveis versus sujeitos com diagnóstico estabelecido, ainda será preciso validar o método em uma população que contemple os casos duvidosos”, opina o oncologista Stephen Stefani, do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre.