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O que é xilitol? Entenda este adoçante e seus efeitos no organismo

Adoçantes são opção segura para reduzir consumo de açúcar, mas a substituição não pode ser a prioridade para obter mais saúde

Por Valentina Bressan
Atualizado em 17 jul 2024, 14h03 - Publicado em 17 jul 2024, 13h58
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  • Utilizado na indústria alimentícia desde a década de 1960, o xilitol é um adoçante natural adicionado a alimentos e bebidas e também presente, em pequenas quantidades, em algumas frutas e vegetais.

    A doçura do xilitol é semelhante à da sacarose – o açúcar comum, encontrado na cana de açúcar e em frutas. Mas comparado à opção tradicional, o xilitol tem menos calorias, o que faz dele uma opção para pessoas que buscam reduzir o peso. Ele também surge como alternativa para quem deve reduzir o uso de açúcar comum, como diabéticos.

    Mas será que ele faz jus à fama?

    +Leia também: Aspartame faz mal? 8 perguntas para entender o adoçante

    O xilitol é mais saudável?

    O primeiro ponto a entender é que alimentos com menor quantidade de açúcares ou com adoçantes como substitutos não são necessariamente mais saudáveis.

    O xilitol é comumente encontrado em produtos de higiene oral, remédios e alimentos com baixas calorias ou sem açúcares. Você pode notar a presença desse adoçante em xaropes, refrigerantes, gomas de marcas e doces sem açúcar. A versão em pó, derivada do milho, também está disponível em supermercados para ser utilizada em receitas.

    Este tipo de adoçante tem baixo impacto glicêmico, ou seja, não eleva o açúcar no sangue rapidamente. Assim, pode ser uma boa alternativa para diabéticos ou pré-diabéticos.

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    O xilitol faz mal à saúde?

    Estudos aprofundados sobre o impacto do consumo do xilitol a longo prazo ainda precisam ser desenvolvidos para que se possa pesar os prós e contras do uso deste adoçante com maior segurança. Por ora, ele é considerado seguro, e algumas pesquisas mostram benefícios do xilitol à saúde dentária, por exemplo, na comparação com o açúcar comum.

    Mesmo assim, o alerta é para não exagerar no adoçante ou nos alimentos com adição dele. Se consumidos em altas quantidades, adoçantes como o xilitol podem causar diarreia em algumas pessoas, porque são absorvidos lentamente pelo intestino.

    Em um estudo publicado em julho deste ano, pesquisadores encontraram uma associação entre o consumo de xilitol e problemas cardiovasculares, mas as investigações ainda precisam ser ampliadas.

    Entenda a recomendação da OMS sobre adoçantes

    A última diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao uso de adoçantes, publicada em 2023, não incluiu o xilitol, o sorbitol e outros polióis – carboidratos conhecidos como “álcoois de açúcares”.

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    Enquanto o xilitol não entra no radar específico do órgão, as recomendações quanto ao uso de outros adoçantes valem como dica geral para a dieta. O consumo de adoçantes artificiais com a finalidade de perder peso ou prevenir doenças crônicas é contraindicado.

    Isso não significa que a OMS afirma que os adoçantes causam doenças, por si só. Mas, frequentemente, os adoçantes são usados como aditivos de alimentos ultraprocessados, e não adianta buscar emagrecimento ou saúde apenas substituindo um produto com açúcar por um sem açúcar – desconsiderando outros ingredientes que podem ser prejudiciais, como gorduras.

    Ou seja: trocar um alimento com açúcar por um com adoçante não representa um ganho significativo em saúde. O que importa é manter uma alimentação equilibrada, priorizando produtos in natura. O ideal é reduzir o consumo de açúcar sem passar a depender do adoçante.

    A recomendação não vale para quem é diabético, grupo para o qual os adoçantes são uma alternativa válida, sempre de acordo com recomendações médicas individualizadas. Vale dizer que a diretriz também não considera a presença de adoçantes em produtos de higiene – não há necessidade de preocupação nesse sentido, já que eles não devem ser ingeridos.

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