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Restrição de carboidrato é associada a redução na expectativa de vida

Estudo liga o corte desse nutriente - como na dieta low carb - e o abuso de fontes de proteína animal a menor longevidade. Mas o excesso também faria mal

Por Thaís Manarini
Atualizado em 31 ago 2018, 16h26 - Publicado em 17 ago 2018, 15h53

Se tem um nutriente passando por maus bocados hoje em dia, é o carboidrato, presente em alimentos como pão, massas, arroz e tubérculos. Ele é acusado de ser o grande financiador de obesidade e os vários problemas de saúde ligados ao peso extra. Nesse cenário, surgiram muitas dietas cujo principal foco é fazer uma restrição severa de suas fontes na rotina, a exemplo da low carb e paleolítica. Mas um estudo publicado na prestigiada revista científica The Lancet mostra que esse comportamento pode abalar a expectativa de vida.

No trabalho, os pesquisadores analisaram questionários sobre hábitos alimentares de 15 428 pessoas de 45 a 64 anos. Durante um período médio de 25 anos, ocorreram 6 283 mortes. Em seguida, eles combinaram esses dados com o de outros estudos, totalizando 432 179 participantes – e 40 181 óbitos.

Ao cruzar todos os números, eles notaram que um consumo baixo de carboidratos (menos de 40% das necessidades calóricas diárias de uma pessoa) resultou em um maior risco de mortalidade. Mas, não se engane: o exagero também foi problemático. Quem compôs a dieta com mais de 70% de calorias provenientes de carboidratos viu a expectativa de vida cair.

Por outro lado, quando 50 a 55% das calorias são representadas pelo nutriente, a pesquisa mostrou que a longevidade sai ganhando. Cabe notar que se trata da quantidade da substância que a maioria dos nutricionistas considera ideal (muitos defendem, na verdade, que está tudo bem chegar até 60% nessa conta).

Não é só quantidade, é qualidade

Os autores da pesquisa observam, no entanto, que os resultados variam de acordo com outros alimentos escolhidos pelas pessoas. Por exemplo: quando os carboidratos eram trocados por proteínas e gorduras de origem animal, como a de carnes de vaca e porco, o risco de mortalidade subia. Mas a expectativa de vida aumentava se os substitutos fossem de origem vegetal – a exemplo de oleaginosas, abacate e leguminosas.

Outro recado: embora ninguém precise sair cortando carboidratos loucamente, faz bem prestar mais atenção nos tipos escolhidos. Em vez de investir em massas refinadas e sobremesas, o ideal seria optar por versões boas do nutriente, como arroz integral, grãos, cereais e frutas. Até porque esses itens fornecem fibras, que ajudam a baixar os níveis de colesterol e a manter a flora intestinal equilibrada.

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