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Óleo de soja não será mais identificado como alergênico no rótulo

Decisão recente está causando polêmica e uma dose de receio. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia dá sua versão sobre a medida. Fique por dentro

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 5 Maio 2017, 14h35 - Publicado em 5 Maio 2017, 14h00

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recentemente tirou o óleo de soja refinado da lista de substância que precisam aparecer como possíveis causadoras de alergia nos rótulos de alimentos. A alegação é a de que os níveis de proteínas alergênicas nesses produtos é muita baixa, uma vez que o processamento acaba eliminando essas moléculas.

Como não poderia deixar de ser, a decisão causou muita polêmica. Primeiro porque, em entrevista ao noticiário Bom Dia Brasil, Thalita Lima, gerente de alimentos da Anvisa, afirmou que, embora a probabilidade de alguma reação adversa seja mínima, ela não é nula. E segundo porque, no Brasil, as marcas não precisam discriminar qual tipo de óleo vegetal compõe seu produto. Ou seja, é impossível saber se um industrializado qualquer usa óleo de palma, de girassol… ou de soja, por exemplo.

O Movimento Põe no Rótulo, que defende mais clareza e informação nas embalagens, defende que, no mínimo, a presença de óleo de soja deveria ser discriminada especificamente na lista de ingredientes. Algo que foi reforçado por um comunicado da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai): “A Asbai corrobora a necessidade de que os rótulos dos produtos industrializados devam conter claramente a presença do óleo de soja”.

A nota à imprensa  é assinada por Renata Rodrigues Cocco, coordenadora do departamento científico da Asbai e uma das mais renomadas especialistas brasileiras no assunto. Confira abaixo o texto da Asbai na íntegra:

Em relação à Resolução da Anvisa – RE n° 1112, que retira a obrigatoriedade do óleo de soja altamente refinado ser identificado como alergênico, segue posicionamento do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai):

Os óleos ultrarrefinados são potencialmente não alergênicos, uma vez que o processo de refinamento elimina as proteínas responsáveis pelas reações alérgicas. No entanto, alguns pacientes mais sensíveis podem apresentar sintomas após ingestão do óleo de soja, especialmente no trato gastrintestinal. Portanto, a Asbai entende que, independentemente da frequência de pacientes sensíveis aos óleos vegetais (soja, milho, amendoim etc), é imprescindível que o consumidor saiba o que está sendo ingerido.

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A Asbai corrobora a necessidade de que os rótulos dos produtos industrializados devam conter claramente a presença do óleo de soja.

Dra. Renata Rodrigues Cocco
Coordenadora do Deptº. Científico de Alergia Alimentar da ASBAI

 

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