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O fast-food de hoje é pior para a saúde do que 30 anos atrás, diz estudo

Pesquisa comparou as porções e os nutrientes de alimentos de restaurantes fast-food nos Estados Unidos entre 1986 e 2016. E o resultado não foi bom

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 1 out 2019, 18h33 - Publicado em 25 mar 2019, 18h25

O fast-food é comumente associado a uma alimentação desequilibrada. Mas será que, do ponto de vista da saúde, esses restaurantes evoluíram ou regrediram? Segundo uma pesquisa da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, o cardápio atual das dez principais redes de fast-food daquele país é menos balanceado do que 30 anos atrás.

A equipe selecionou o menu dos restaurantes Arby’s, Burger King, Carl’s Jr, Dairy Queen, Hardee’s, Jack in the Box, KFC, Long John Silver’s, McDonald’s e Wendy’s. Quatro deles também têm estabelecimentos no Brasil.

Aí os cientistas verificaram as calorias, o tamanho da porção, a densidade energética e os níveis de sódio, ferro e cálcio das refeições (hambúrgueres, sanduíches, burritos, tacos, saladas), dos complementos (batata frita, anéis de cebola, vegetais) e das sobremesas (sorvete, bolos, biscoitos, milk-shake).

No total, os pesquisadores avaliaram cerca de 1 800 itens. Eles usaram como referência os menus de 1986, 1991 e 2016. Veja abaixo os achados mais relevantes:

  • O número de opções se elevou em 226% (ou 22,9% ao ano). Itens novos ou descontinuados tendiam a ser menos saudáveis do que os disponíveis durante o período de estudo.
  • As calorias aumentaram significativamente em todos os pratos. As maiores variações ocorreram nas sobremesas (62 calorias a mais por década) e nas refeições principais (30 cal).
  • Esses números decorrem majoritariamente do aumento das porções, que cresceram 13 gramas nas refeições e 24 gramas nas sobremesas (por década).
  • A quantidade de sódio subiu em todas as categorias.

Esses dados se tornam mais preocupantes se você considerar o tanto de pessoas que comem frequentemente nesse tipo de estabelecimento. Nos Estados Unidos, entre 2013 e 2016, 36,6% dos adultos eram consumidores de fast-food, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

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“Nosso estudo traz atenção para mudanças no ambiente de alimentos, que é, provavelmente, parte do motivo do aumento de obesidade e das doenças crônicas nas últimas décadas, hoje uma das principais causas de morte nos Estados Unidos”, afirma, em comunicado à imprensa, a nutricionista Megan McCrory, que liderou o levantamento.

E o Brasil?

Segundo dados enviados por Megan McCrory para a SAÚDE, o Big Mac (principal lanche do McDonald’s) americano é mais calórico, mas tem menos sódio que o brasileiro. O mesmo vale para todas as opções de batata frita da rede.

Além disso, o tamanho das porções das marcas com lojas tanto lá como aqui também varia entre as duas nações.

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“Eu não estou habilitada para dizer se há uma tendência similar no Brasil sem investigar. E não podemos generalizar todos os restaurantes com as informações que tenho agora”, aponta a nutricionista.

No entanto, a popularidade dos restaurantes fast-food é inegável por aqui. Segundo levantamento da EAE Business School, a população brasileira gastou 53,7 bilhões de reais nesses locais em 2014. Ficamos atrás apenas de Estados Unidos, Japão e China. Isso dá 265 reais por habitante.

O recado: em qualquer parte do mundo, o excesso de fast-food não é uma boa para a saúde.

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