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Dieta detox: 5 perguntas que você deve fazer antes de adotá-la

Ela promete nos limpar de toxinas e promover perda de peso num passe de mágica. Mas será que cumpre essa função? Conheça os riscos e os cuidados necessários

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 21 jan 2020, 19h02 - Publicado em 14 Maio 2014, 22h00

1) O que é a dieta detox?

O termo “detox” vem de desintoxicar. Isso porque o objetivo desse plano alimentar é ajudar o organismo a se livrar de toxinas que seriam resultado do consumo excessivo de alimentos gordurosos, cheios de açúcar ou até de bebida alcoólica.

A variedade de menus da dieta detox é grande: há cardápios à base de sucos, sopas, chás e também alimentos sólidos. Todos eles têm em comum a ingestão de frutas e verduras e a eliminação de itens considerados uma ameaça à saúde, a exemplo de industrializados, frituras e conservantes.

2) Ela é eficaz?

Uma das principais promessas da dieta detox é o emagrecimento rápido. O problema é que, para muitos especialistas, essa não é a maneira mais correta e eficaz de derrubar o ponteiro da balança. “O que se perde nos primeiros dias são apenas líquidos. Ao retomar a alimentação de costume, o peso volta”, explica o fisiologista David Heber, presidente do Instituto de Nutrição Herbalife.

Além disso, por serem hipocalóricas – isto é, com pouquíssimas calorias – as dietas detox propiciam o chamado efeito sanfona, principalmente se feitas por muito tempo e sem orientação. “Com o baixo fornecimento de calorias, o corpo mobiliza a gordura do tecido adiposo para as células, a fim de transformá-la em energia”, esclarece a nutricionista Sandra Chemin, coordenadora do curso de nutrição da Universidade São Camilo, em São Paulo.

Isso pode até parecer bom, mas a história não acaba aí. É que, ao voltar a comer como antes, a gordura retorna para as células onde estava armazenada. Em outras palavras, a pessoa engorda de novo – e, muitas vezes, isso acontece até com maior intensidade após um período de alta restrição calórica.

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3) As dietas detox oferecem algum perigo para a saúde?

Quando feitas sem o acompanhamento de um médico ou nutricionista, sim. O alerta vale principalmente para os cardápios líquidos, que abrem portas para o desequilíbrio de vitaminas e minerais. “Iniciar a dieta com uma deficiência nutricional pode ser perigoso”, alerta a nutricionista Márcia Reis Fernandes, coordenadora do curso de nutrição da Universidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Por isso, é uma boa checar com um médico se está tudo em ordem com os seus exames.

Se você é daquelas que levam uma vida ativa no trabalho ou praticam bastante atividade física, passar alguns dias consumindo basicamente sucos e chás não é uma boa ideia. É provável que o resultado seja episódios de tontura, fraqueza, mal-estar ou até desmaios. Isso porque essas preparações são pobres em calorias e, portanto, não garantem o aporte de energia necessário para aguentar o tranco o dia a dia.

E tem mais: diversos estudos demonstram que basear a dieta em sucos não é uma boa escolha se o seu objetivo é afastar o diabetes. É que eles apresentam menos fibras quando comparados à fruta inteira. Com isso, o índice glicêmico da bebida aumenta – o que significa que, após seu consumo, o teor de glicose no sangue se eleva rapidamente. Para controlar a situação, mais insulina é liberada. Acontece que esses picos de glicose e insulina podem gerar uma resistência à ação do hormônio, aumentando o risco de diabetes. Daí porque pessoas portadoras desse distúrbio devem se manter longe de dietas como essa.

4) O corpo precisa mesmo de uma ação detox pela dieta?

“Por meio de reações químicas, o fígado já exerce a função de se livrar das tais toxinas”, lembra David Heber, que também é professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos. Por outro lado, certos alimentos podem, sim, dar uma força ao organismo nesse processo. “Brócolis, couve-flor e raiz-forte, por exemplo, são ricos em antocianinas, que intensificam a presença de enzimas responsáveis pela desintoxicação”, informa o médico. Outros itens cheios desses nutrientes são aqueles de casca vermelha ou roxa, como berinjela, uva e cereja.

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Mas que fique claro: para tirar proveito de tudo isso, é preciso consumir esses alimentos com frequência, e não só no período em que você estiver tentando compensar os exageros do fim de semana.

5) Como saber se a dieta detox é a melhor para mim?

Consulte um especialista para se certificar de que você realmente precisa adotar esse regime. Além de identificar eventuais restrições – como diabetes ou déficits nutricionais – só ele poderá orientar a melhor maneira de incluir os alimentos propostos por esse modelo alimentar na sua rotina, sem prejudicar a sua saúde. Mas vale frisar: consuma, pelo menos, cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes sempre. E não se esqueça de praticar atividade física regularmente.

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