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Dieta com horários irregulares aumentaria o risco de morte em infartados

Pular o café da manhã e comer tarde da noite pode ser uma combinação perigosa para quem já sofreu um ataque cardíaco, segundo estudo de médico brasileiro

Por Chloé Pinheiro
17 Maio 2019, 17h38

Ter hábitos alimentares irregulares ao longo do dia pode elevar o risco de morte em quem já sofreu um infarto agudo do miocárdio. É o que sugere um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, o primeiro a associar o horário das refeições ao prognóstico do ataque cardíaco.

O levantamento incluiu 113 pessoas com idade média de 70 anos, todos tratados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, no interior de São Paulo. O padrão da dieta foi analisado com questionários, aplicados durante a admissão no setor de terapia intensiva da instituição.

Quem comia de maneira irregular no dia a dia teve uma probabilidade até cinco vezes maior de manifestar outro infarto ou dor no peito durante a internação e em 30 dias depois da alta – período de acompanhamento do trabalho. Dentre os que faleceram, 58% não tomavam café da manhã, 51% jantavam tarde e cerca de 40% costumavam combinar os dois hábitos pelo menos três vezes na semana.

Maus hábitos e risco cardíaco

São necessários mais estudos para entender e confirmar os achados. Até porque essa investigação é apenas observacional, ou seja, compara um fator de risco e um desfecho, sem apontar causas para a relação.

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Já se sabe, contudo, que a alimentação tem um papel importante na saúde cardiovascular, e que uma dieta repleta de gordura saturada, sódio, açúcar e itens ultraprocessados está vinculada a males como diabetes e hipertensão, que levam ao infarto.

Além do conteúdo do cardápio, que já é um consenso, o horário em que se come também parece importar para a saúde – e as evidências sobre o tema estão ganhando força. O ato de pular o café da manhã, por exemplo, está associado a um aumento no risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Jantar perto da hora de dormir, por sua vez, não raro piora a qualidade do sono e atrapalha o metabolismo, o que influencia no aparecimento de doenças crônicas que ameaçam o peito. Há também um aspecto comportamental, pois os dois costumes avaliados no estudo estão ligados a hábitos que podem bagunçar o bem-estar físico, como acordar tarde e beliscar guloseimas para matar a fome durante o dia.

“Trata-se de uma questão que influencia no pior prognóstico para esses pacientes”, concluiu Guilherme Neif Vieira Musse, médico e autor do trabalho, em comunicado à imprensa.

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