Gato também tem diabete…
...e a prevenção e o controle do problema dependem muito dos donos
A Sociedade Inernacional de Medicina Felina acaba de elaborar um guia de medidas para diminuir o risco de o bichano se tornar diabético ou, caso já tenha o diagnóstico, afastar as complicações desse quadro. Entre as principais recomendações, a entidade destaca a necessidade de os donos combaterem o ócio e o ganho de peso dos animais – a obesidade aumenta em quatro vezes a probabilidade de um gatinho desenvolver diabete. Outra orientação fundamental é zelar por hábitos alimentares saudáveis, sem extravagâncias. O veterinário Marcelo Conte, do Hospital Veterinário Sena Madureira, na capital paulista, exemplifica: “É preciso preciso tomar cuidado com o excesso de petiscos no dia a dia”. Diante da suspeita do diabete, o documento reforça a importância do acompanhamento de um especialista, que poderá receitar adaptações na dieta e até medicamentos.
Cuidados para o bichano diabético
Depois do diagnóstico, o veterinário costuma indicar a reposição de insulina, hormônio injetável que pode ser aplicado pelos próprios donos em casa. “Mas qualquer tratamento exige bastante orientação do profissional”, frisa Alessandra Vargas, sócia-fundadora da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária. Além disso, rações especiais e um cronograma de atividades físicas precisam entrar na rotina. Como gatos tendem a ser mais quietinhos, é obrigação do dono tentar brincar e interagir.
O que dedura a doença
EXCESSO DE APETITE
No diabete, a glicose não é aproveitada pelas células e fica dando sopa no sangue. Com isso, o organismo do gato entende que precisa de mais e mais comida
XIXI ALÉM DA CONTA
Para eliminar essa enxurrada de açúcar na corrente sanguínea, aumenta o volume de urina que é expelido pelo bichano
SEDE SEM FIM
Fazendo xixi com maior frequência, o corpo do felino perde muita água. Aí, rumo à desidratação, o animal sente uma sede insaciável.
FRAQUEZA E DESÂNIMO
Gatos já são mais reservados por natureza, mas, uma vez sem energia, eles podem ficar reféns de fadiga muscular… com isso, ignoram as brincadeiras.