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Remédio para alergia a amendoim traz resultados promissores

Tratamento à base da proteína do alimento pode ser o primeiro do tipo a ser aprovado contra essa alergia alimentar

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 27 nov 2018, 17h19 - Publicado em 27 nov 2018, 15h55

Cientistas de dez países da América do Norte e da Europa encontraram uma luz no fim do túnel para os alérgicos a amendoim. De acordo com o estudo publicado no New England Journal of Medicine, um novo remédio pode aumentar a tolerância a essa oleaginosa.

Atualmente chamado de AR101, esse medicamento é derivado da proteína do amendoim. A ideia dos experts, como você verá mais para frente, era justamente utilizar doses crescentes do fármaco para acostumar o organismo do paciente aos poucos.

Como os resultados foram animadores, é possível que esse seja o primeiro tratamento do tipo para a alergia ao amendoim aprovado pelo Food & Drug Administration (FDA), órgão que regula os remédios nos Estados Unidos.

E lá mesmo que a pesquisa foi feita. Por quê? A população desse país (em especial a infantil) é bastante afetada por essa chateação, até porque tem o hábito de comer amendoim e a sua pasta com frequência. Estima-se, por exemplo, que uma a cada 50 crianças americanas é alérgica ao amendoim.

A reação alérgica vai desde manchas vermelhas que coçam no corpo até um perigoso choque anafilático. Apesar de não ser um problema tão comum no Brasil, a explosão de casos de alergia alimentar no país pode contribuir para um aumento no número de pessoas que reagem mal ao amendoim.

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Como a pesquisa foi feita

Foram recrutados 551 voluntários de 4 a 55 anos com alergia ao amendoim. E já adiantamos que, no fim da análise, o medicamento se mostrou eficaz apenas nos menores de 18 anos, que somavam 496 indivíduos – é neles que a gente vai se concentrar, combinado?

Entre os jovens, 372 tomaram o AR101 durante seis meses. As doses da droga foram aumentando gradativamente até atingirem 300 miligramas de proteína de amendoim. A partir daí, os pacientes seguiram aplicando o fármaco por mais seis meses. Ao sinal de qualquer reação adversa, a dosagem era ajustada.

Ao longo de todo esse período, os outros 124 participantes com menos de 18 anos ganharam uma medicação sem qualquer princípio ativo (placebo) para servirem de comparação.

Feitas todas as análises, os especialistas notaram que 67% dos que utilizaram o AR101 (250 indivíduos) foram capazes de comer 600 miligramas ou mais de proteína de amendoim, o que equivale a 2 grãos. Já na turma que recebeu o placebo, apenas 4% conseguiram o mesmo feito (cinco jovens).

Isso significa que mais de dois terços dos menores de idade que tomaram a droga ativa puderam tolerar uma pequena ingestão de amendoim. Além disso, metade suportou a ingestão de mil miligramas.

Como você deve ter notado pela quantidade tolerada da oleaginosa, o tratamento em testes não possibilita a uma criança alérgica comer um pão lotado de pasta de amendoim, por exemplo. Na verdade, a ideia é impedir que ela sofra reações graves caso acabe engolindo uma pequena quantidade de amendoim ou de seus derivados por engano.

“As famílias têm vivido o medo constante de que uma mordida errada possa enviar seu filho para a sala de emergência. Agora, temos uma rede de segurança que impede uma reação alérgica causada por uma mordida acidental”, conclui a pediatra Christina Ciaccio, professora da Universidade de Chicago e coautora do trabalho, em comunicado à imprensa.

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