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Queda de cabelo? Pode ser alopecia areata. Conheça o problema

Fios que caem sem parar são um sinal de alerta do organismo. Descubra as causas por trás dessa chatice e veja o que há de mais moderno para resolvê-la

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 22 jan 2020, 15h39 - Publicado em 27 jul 2018, 18h41

Ressecamento, pontas duplas, frizz… As queixas sobre o estado do cabelo podem ser muitas. Só que nem sempre esses problemas estão relacionados ao jeito que a gente cuida de nossa cabeleira. Às vezes, eles são manifestações de algo mais profundo que está ocorrendo dentro do nosso organismo. É o caso da alopecia areata, uma doença que faz o cabelo cair.

Antes de mais nada, é importante lembrar que a queda é algo comum e faz parte de um ciclo de renovação. A dermatologista Denise Steiner, coordenadora científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), lembra que é normal dar adeus a mais ou menos 100 fios por dia.

“Você deve se preocupar apenas se perceber que há um número relativamente maior de fios caindo. Se eles estiverem mais finos e se surgirem áreas sem pelo ou cicatrizes, também é bom investigar”, informa a médica.

A seguir, saiba mais sobre a alopecia areta:

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O que é?

É uma doença não contagiosa e autoimune (ocorre quando alguma parte do corpo é atacada pelo próprio sistema imunológico). “Nesse caso, a estrutura agredida é o folículo pilosebáceo, ou seja, a raiz dos cabelos. Eles caem sem haver um grande processo que apareça externamente”, explica a dermatologista. Assim, surgem áreas completamente arredondadas sem cabelo no couro cabeludo e em outros locais que normalmente teriam pelo.

Quais são os sintomas?

Basicamente, a queda dos fios. A área atingida não coça, não dói nem fica avermelhada. Se a alopecia for leve, surgem apenas algumas “rodelas” na cabeça. Nos casos mais graves, acomete toda a região da nuca ou couro cabeludo. Também pode ser generalizada, afetando o corpo todo.

Qual a causa?

Normalmente, é associada a determinados gatilhos, como estresse, infecções, períodos de muito cansaço ou uso de alguns tipos de remédio. “Há também o componente genético, embora a doença não seja ligada estritamente ao DNA. A verdade é que, na grande maioria das vezes, não conseguimos saber a causa”, informa Denise.

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Quais as pessoas mais afetadas?

Todos os sexos e todas as faixas etárias são atingidos. Porém, crianças que já têm alergias, como bronquite, rinite e eczema de pele, e cujos pais também têm a doença, tendem a desenvolver um quadro pior.

Como é feito o tratamento?

Infiltração de corticoide: é o mais potente e simples, indicado para os casos mais leves. O corticoide é um anti-inflamatório que neutraliza o efeito dos anticorpos que causam a inflamação. Nas situações graves, ao invés de ser injetado, pode ser ingerido via oral junto com outros medicamentos imunossupressores.

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Tratamento imunoterápico: é utilizado em casos mais extensos e que não responderam ao tratamento convencional. Primeiramente, uma substância chamada difenciprona é colocada nas regiões da pele não afetadas pela doença. Após 15 dias, aplica-se novamente uma pequena dose (dessa vez, no local da alopecia areata).

Esse procedimento deve ser repetido semanalmente, aumentando a quantidade do fármaco até que o organismo do paciente se torne alérgico à substância, o que deixa a região avermelhada. “Dessa maneira, cria-se um quadro de dermatite de contato e, assim, a inflamação inicial é eliminada”, esclarece a médica. Geralmente, o resultado é bem satisfatório.

Medicamentos biológicos: artigos científicos mostram a eficácia de remédios inibidores da enzima Janus kinase, que impediriam a ação da inflamação. Porém, o acesso a eles ainda é caro, já que ainda estão em fase de testes.

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Existem mais tipos de queda de cabelo?

Além da areata, há, sim, outros tipos de alopecia. Conheça as principais:

Alopecia androgenética: é a popular calvície. Há o afinamento progressivo dos fios, principalmente no topo da cabeça. É genética e, ao contrário da areata, não deixa áreas localizadas. Ela pode piorar se houver alguma alteração hormonal, como no caso de mulheres com ovário policístico.

Eflúvio telógeno: é caracterizada pela queda difusa, mas sem afinamento dos fios. É provocada por remédios, estresse, cirurgias, anemia ou alterações da tireoide. Deve-se tratar as causas para se livrar da doença.

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Alopecia fibrosante frontal: causa atrofia e endurecimento da pele, que é substituída por um tecido fibroso. Isso faz com que os fios caiam e não voltem a nascer. O tamanho da testa aumenta e o cabelo afina. Os tratamentos ainda são bastante variados e não há consenso sobre eles.

Fonte: Denise Steiner, dermatologista e coordenadora científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

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