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Os três destaques de 2016 em matéria de coração

O médico Ibraim Pinto, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, elenca as boas-novas deste ano voltadas para a saúde cardíaca

Por Dr. Ibraim Masciarelli Pinto*
Atualizado em 12 Maio 2017, 11h45 - Publicado em 20 dez 2016, 14h01

Por Dr. Ibraim Pinto*

 

1) Estilo de vida faz toda a diferença

Dois estudos publicados neste ano reforçam o impacto de uma boa alimentação e de outros hábitos saudáveis na proteção cardiovascular. O primeiro, apresentado em Roma no Congresso Europeu de Cardiologia, demonstrou que seguir a dieta do Mediterrâneo (caracterizada por peixes, oleaginosas, vegetais, azeite de oliva…) diminuiu em 21% o risco de morte em sete anos de acompanhamento.

O segundo trabalho, exposto no congresso da Associação Americana do Coração, ratifica a importância dos bons hábitos independentemente da herança genética. Os autores constataram que uma rotina ativa e equilibrada reduz o risco de doença cardiovascular, infarto e morte por causa cardíaca mesmo em pessoas com história familiar e tendência dos genes favoráveis a esse tipo de problema.

Leia também: As 7 atitudes que previnem um infarto

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2) A cirurgia não vai ser aposentada

Uma proporção cada vez maior de pessoas acima de 70 anos apresenta estenose aórtica, isto é, uma diminuição na abertura da válvula aórtica,  que controla a passagem de sangue do coração para a aorta, a principal artéria do corpo. Muitas vezes, o tratamento com medicamentos não basta e é preciso recorrer à cirurgia de troca da válvula.

Há algum tempo, foi introduzida uma nova opção de correção, feita por meio de cateterismo (ou seja, sem a necessidade de abrir o peito). Estudos apresentados em diferentes eventos científicos deste ano mostram que essa terapia é eficaz para pacientes de alto risco cirúrgico.

Porém, no congresso da Associação Americana do Coração, investigadores observaram que, se o paciente não apresenta risco cirúrgico elevado, a operação clássica ainda é a melhor escolha. A forma menos invasiva de tratamento deve ser reservada para os casos em que há muito risco na cirurgia.

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3) Em defesa das estatinas

A despeito de ser uma forma de tratamento muito bem vista pela classe médica, muitas vezes surgem boatos mencionando malefícios das estatinas, aqueles comprimidos destinados ao tratamento do colesterol alto. Recentemente, foi publicada uma robusta revisão na revista científica The Lancet, que analisou, de modo muito cuidadoso e crítico, um grande número de estudos, englobando dezenas de milhares de pacientes.

Ficou demonstrado que esses medicamentos, quando usados para pessoas com colesterol elevado ou que já tenham placas de gordura nas artérias, apresentam um significativo impacto na diminuição das taxas de infarto e morte cardiovascular. Isso deixa muito claro que essa classe de remédios é parte fundamental na estratégia de diminuição da mortalidade cardiovascular no mundo todo.

* Dr. Ibraim Masciarelli Pinto é cardiologista e presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp)

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