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O que é hipertireoidismo: causas, sintomas, prevenção e tratamento

Essa doença, marcada pelo excesso de hormônios da tireoide, afeta o organismo como um todo. Saiba como evitar ou tratar o hipertireoidismo

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
Atualizado em 14 jun 2023, 14h47 - Publicado em 8 abr 2019, 17h57

O hipertireoidismo é caracterizado por uma disparada na produção dos hormônios da tireoide — a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esse aumento acelera o metabolismo e causa diferentes sintomas, afetando até as batidas do coração e o funcionamento do sistema nervoso. O tratamento depende de suas causas.

O que é hipertireoidismo

A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que fica na região do pescoço e mede cerca de 5 centímetros. Seu funcionamento repercute em todo o organismo e interfere no ritmo dos órgãos. A liberação dos hormônios ocorre a partir de um comando da hipófise, estrutura localizada no cérebro.

Embora seja produzido em menor quantidade, o hormônio T3 é que atua de fato no metabolismo. Já o T4, fabricado em maior volume, é menos potente — e, durante seu trajeto pelo corpo, acaba transformado em T3 para agir nas células.

Com o aumento da quantidade de T3 e T4 na corrente sanguínea, o hipertireoidismo provoca uma aceleração de todo o organismo. O coração, por exemplo, fica agitado e bate mais rápido, o que favorece episódios de taquicardia.

A sobrecarga hormonal também mexe com o cérebro e promove quadros de ansiedade, insônia e nervosismo. A doença ainda pode desregular a digestão e causar intolerância ao calor.

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Outra manifestação comum da doença é a exoftalmia, uma alteração nos músculos da parte de trás dos olhos. Não se sabe ainda as causas do problema, mas água e proteínas começam a se acumular no local. Esse volume extra empurra o globo ocular para a frente – o que dá uma impressão de que ele está saltado.

Com o metabolismo acelerado, quem sofre com a disfunção tem um consumo de energia elevado. Para suprir essa constante demanda por combustível, o corpo começa a se desfazer dos estoques de gordura no tecido adiposo. O indivíduo emagrece bastante e de forma rápida.

Um dos gatilhos mais comuns do hipertireoidismo é a doença de Graves, um distúrbio autoimune em que o próprio sistema de defesa ataca a tireoide.

Outro motivo da encrenca é a falta de iodo na dieta. Felizmente, esse mineral passou a ser obrigatório no sal de cozinha, o que reduziu o número de casos provocados pela deficiência da substância.

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O bócio, um inchaço na altura da garganta, é uma das evidências da falha da tireoide e pode propiciar o hipertireoidismo. O inchaço evidente na região do pescoço é resultado de uma massa que comprime a traqueia e dificulta a respiração.

O quadro, que também está relacionado à falta de iodo, pode ter origem em doenças autoimunes, tumores ou no uso de alguns medicamentos.

Sinais e sintomas

A manifestação é quase oposta à do hipotireoidismo. Em vez do ganho de peso, por exemplo, a pessoa emagrece rápido e aparentemente sem motivo. Outros sinais, como o coração batendo mais rápido, agitação e uma certa impaciência podem aparecer. Confira a lista:

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Fatores de risco

Existem poucos causadores conhecidos do hipertireoidismo. Entre eles, uma condição autoimune que acomete mulheres acima dos 40 anos e a presença de nódulos na glândula:

  • Doença de Graves
  • Nódulos na tireoide
  • Uso irregular de medicamentos contra o hipotireoidismo
  • Bócio

+ Leia também: Tireoide em equilíbrio

A prevenção

O fator alimentar mais importante para a formação dos hormônios T3 e T4 é a ingestão adequada de iodo. Para resguardar a tireoide, são necessários 150 microgramas por dia.

O mineral aparece em boa quantidade no sal de cozinha, em frutos do mar e em peixes como a cavala, o salmão, a pescada e o bacalhau.

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O diagnóstico

Além da avaliação clínica e do histórico do paciente, o médico pede exames de sangue para medir as taxas de T3 e T4 na circulação. Se a tireoide estiver acelerada, os hormônios estarão em quantidade elevada.

Geralmente, esses aumentos não são detectados nos primeiros estágios da doença. Para tirar a dúvida, é possível medir os níveis do TSH, hormônio produzido pela hipófise que incentiva o trabalho da tireoide. No hipertireoidismo, o TSH aparece abaixo do normal.

O tratamento

Após o diagnóstico, o endocrinologista leva em consideração as causas do distúrbio, a idade e o estado geral de saúde do paciente para prescrever medicamentos.

Remédios de uso oral bloqueiam a liberação exagerada de hormônios pela tireoide. O esquema de tratamento exige cuidados e um acompanhamento de perto, já que as drogas podem provocar efeitos colaterais na pele e no estômago.

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Dependendo do estágio do hipertireoidismo, é possível recorrer à cirurgia para retirar a tireoide ou realizar uma terapia com iodo radioativo, que destrói parte da glândula. Só o especialista poderá definir a melhor estratégia.

Para controlar a exoftalmia, ou a projeção dos olhos, o ideal é procurar o endocrinologista e o oftalmologista.

Enquanto o primeiro médico controlará os níveis hormonais, o segundo analisa as estruturas do olho e pode indicar a aplicação de colírios e pomadas lubrificantes que diminuem o desconforto ocular.

Quer um resumo sobre o que é o hipertireoidismo? Nós temos um vídeo sobre isso:

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