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O que é aneurisma de aorta, problema que matou Belchior

O cantor brasileiro sofria de uma disfunção cardiovascular que afeta de 2 a 4% da população e que pode causar morte súbita

Por Ana Luísa Moraes
Atualizado em 13 dez 2019, 14h21 - Publicado em 5 Maio 2017, 17h49

A artéria aorta, maior vaso do corpo humano, é responsável por levar oxigênio para todo o corpo. Ela pode se dividir em cinco partes, entre elas a torácica e a abdominal — essa última é, geralmente, a mais afetada pelo aneurisma. A doença é caracterizada pela dilatação dessa condutora de sangue, que pode acabar rompendo pelo enfraquecimento. Foi o que aconteceu com Belchior.

O angiologista Ivanésio Merlo, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), explica essa questão com uma analogia: “É como se fosse um balão: você vai enchendo, enchendo… até que as paredes ficam mais finas e frágeis e estouram”. Na hipótese de uma ruptura, o especialista afirma que 98% dos pacientes morrem antes de chegar ao hospital. Dos que chegam, 90% também vão à óbito. É muito grave.

No caso de Belchior, ele teria se sentido mal na noite de sábado e resolveu descansar no sofá. Na manhã do dia seguinte, sua esposa foi procurá-lo e já o encontrou morto.

Identificação prematura

É fundamental que o alargamento exagerado da artéria seja detectado precocemente, e a melhor forma de fazer isso é com um checkup vascular, que vai analisar os vasos do corpo. Em primeiro lugar, pede-se uma ultrassonografia. Se ela levantar alguma suspeita, testes complementares são realizados, como a tomografia e a ressonância magnética.

É importante conversar com um expert para que ele investigue a necessidade que cada um tem de passar pela avaliação. Merlo menciona alguns grupos de risco: “Hipertensos, fumantes e pessoas acima de 65 anos, com colesterol alto ou histórico familiar devem ficar atentas”. Além desses, ele cita indivíduos com aterosclerose, condição em que placas de gordura e outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias.

Tratamento

Uma vez que a doença foi identificada, o médico pondera algumas possibilidades. Uma delas é a cirurgia, normalmente indicada para casos mais avançados, em que a aorta passou de 50 ou 60 milímetros — o normal é entre 16 e 18 milímetros, mais ou menos. “Mas esses números podem variar. Tudo depende das características do paciente”, esclarece o angiologista. Se a dilatação não for tão grande, o profissional pode só acompanhar sua evolução e sugerir mudanças de hábito, como parar de fumar.

Um dos aspectos mais preocupantes dessa enfermidade é que ela é silenciosa: “Muitas vezes só é descoberta quando a pessoa morre. O indivíduo não sabia e nem apresentava sintomas”, ressalta Merlo. Procurar um angiologista ou cirurgião vascular é a melhor pedida para a realização de um diagnóstico adiantado, que reduz consideravelmente o risco de morte súbita.

 

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