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Mais de 2 mil casos de sarampo são registrados nas Américas

O Brasil é segundo país com mais episódios dessa doença, atrás apenas da Venezuela, segundo a Opas. Veja o que deve ser feito para conter os surtos

Por Paula Laboissière (Agência Brasil)
25 jul 2018, 18h42

A Até 20 de julho, a região das Américas contabilizou, em 2018, 2 472 casos confirmados de sarampo, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O número é mais de seis vezes superior ao registrado até 6 de abril, quando haviam 385 episódios. De acordo com a entidade, isso demonstra a velocidade de propagação da doença, altamente contagiosa, e da necessidade de vacinação.

O último boletim epidemiológico da organização aponta que pelo menos 11 países das Américas já notificaram casos confirmados de sarampo até o momento: Antígua e Barbuda (1), Argentina (5), Brasil (677), Canadá (19), Colômbia (40), Equador (17), Estados Unidos (91), Guatemala (1), México (5), Peru (3) e Venezuela (1 613). Dito de outra forma, ficamos em segundo lugar, atrás apenas da Venezuela.

Por meio de comunicado, a entidade destacou que o vírus do sarampo permanece ativo e contagioso no ar ou em superfícies infectadas por até duas horas e pode ser transmitido por uma pessoa infectada a partir de quatro a seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento de erupções cutâneas (vermelhidão na pele).

“Por esse motivo, a Opas volta a destacar a necessidade de os países das Américas intensificarem as atividades de vacinação e vigilância, para prevenir e combater a propagação da doença”, destacou a organização.

A situação do sarampo no Brasil

No Brasil, a Opas colabora com ações para controle de surtos de sarampo em dois estados: Amazonas (444 casos confirmados, a maioria em Manaus) e Roraima (216). Na capital amazonense, o aumento exponencial levou a prefeitura a decretar situação de emergência.

Também foram registradas infecções por sarampo casos consideradas isoladas e relacionadas à importação no Rio Grande do Sul (8), no Rio de Janeiro (7), em Rondônia (1) e em São Paulo (1). O cenário, segundo a entidade, representa um risco real de propagação da doença para outros estados e para países vizinhos.

“A Opas está apoiando as atividades de vacinação, vigilância, gestão, informação, educação, comunicação de risco, resposta rápida e mobilização de recursos no estado do Amazonas, em coordenação com as autoridades de saúde nacionais, estaduais e municipais.”

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo acontece de 6 a 31 de agosto, com o chamado Dia D de Mobilização Nacional agendado para 18 de agosto. Todas as crianças com idade entre 1 e 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde – mesmo que já tenham sido imunizadas anteriormente.

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Retrocesso nas Américas?

A região das Américas foi a primeira em todo o mundo a ser declarada, em 2016, como livre do sarampo. A doença pode causar graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira, inflamação do cérebro e até mesmo a morte. A Opas alertou que, até que o vírus seja erradicado em todo o mundo, há sempre o risco de um país ou continente registrar casos importados.

“Por isso, é importante tomar medidas para prevenir a introdução e disseminação do vírus do sarampo. A principal delas é a vacinação da população suscetível, mantendo no território nacional uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina”, reforçou.

A ação, de acordo com a entidade, deve ser combinada com a implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade e sensível o suficiente para identificar fluxos migratórios do exterior (chegada de estrangeiros) e fluxos internos (movimentos de grupos populacionais), além de detectar quaisquer casos suspeitos e realizar ações de bloqueio vacinal (imunizar pessoas que tiveram contato com o caso suspeito) de forma oportuna.

Este conteúdo foi publicado originalmente na Agência Brasil.

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